Ayres Cerutti destaca a "midiadiversidade" no mercado editorial

Editor da Revista Programa avalia que a segmentação torna-se uma vertente para a criação de novas publicações

"Se na natureza defende-se a biodiversidade, no universo da cultura, dependemos da "midiadiversidade". Não lembro de ter lido ou ouvido esta palavra, mas é o que sinto quando entro numa banca de jornais e revistas", define o jornalista Ayres Cerutti, editor da Revista Programa. Esta é a opinião do profissional que, há mais de 30 anos, atua na área editorial, sobre a segmentação do mercado. Ayres explica: "quando paramos para avaliar as perspectivas de cada universo, o foco transforma-se em leque. Tanto o emissor quanto o receptor podem ser um ou milhares".  


Sobre a segmentação editorial, o jornalista acredita que o resultado do sucesso de qualquer publicação nem sempre será a vida longa. "Poderá ser o design, a qualidade do texto ou das fotos. Se foi curta a vida, é porque algo faltou. No rescaldo dos desastres, é fácil identificar um ou outro elemento responsável. Mas nunca será um fator exclusivo", pondera. Ayres confessa que, com o tempo, aprendeu que "uma revista é uma coisa. Editora é outra. A revista é conseqüência da editora. É muito mais fácil para uma editora lançar um novo produto. Mais que fácil, às vezes poderá ser necessário", afirma.


O jornalista completa: "neste momento, a segmentação torna-se uma vertente para a criação de novas publicações. O editor pode ser o mesmo. A impressora pode ser a mesma. Muda o público".


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