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Uma das soluções para o negócio da propaganda voltar ao seu caminho natural é acabar com a enrolação e ficar com o essencial, "só para ver o que acontece", defende o publicitário Beto Callage, da DCS, que dividiu o espaço no primeiro painel desta manhã, no Seminário Comunicação: um negócio à beira de um estado de nervos, com o painelista Mário Castelar, diretor de comunicação e Marketing da Nestlé. Callage disse que o novo modelo passa pelo fim da perfumaria, "onde as agências deixariam de ser referências de si mesmas, fato que alguns clientes contribuíram para fortalecer o glamour que hoje envolve alguns profissionais do meio". Para ele é preciso dar maior relevância às soluções que os consumidores precisam. "Muitas vezes", diz o publicitário, "a "solução" vem antes até mesmo do problema". Para Callage, pouca coisa mudou, mas destaca a ampliação dos pontos de contatos com o consumidor como uma destas novidades. Ele ainda critica o conteúdo criativo dos trabalhos das agências, pois considera pobre o trabalho que é feito quando não é copiado. "Estamos enfeitando demais o bolo, mas o gosto é ruim",disse ele, e acrescentou: "É preciso falar mais com o consumidor e voltar ao básico, ao essencial".