Caso entre repórter e Record TV pode parar na Justiça

Jornalista Luiz Antonio Barbará alega falta de respaldo e emissora nega omissão

Barbará | Reprodução
O caso entre o jornalista Luiz Antonio Barbará e a Record TV, onde trabalha, pode ganhar proporções judiciais após o repórter alegar que não teve respaldo por parte da emissora no episódio que chamou de "traumático". Barbará e o cinegrafista Gilberto Alves foram ameaçados e ficaram em cárcere privado enquanto gravavam uma reportagem investigativa. O departamento jurídico da Record negou a omissão.
Em entrevista ao Coletiva.net, o jornalista contou que pediu auxílio para a empresa a fim de prestar queixa e registrar um Boletim de Ocorrência, porém não foi atendido. "Eles disseram que o atentado foi contra a minha pessoa e não contra o profissional, mas eu estava fazendo uma reportagem para eles, inclusive com o crachá e o equipamento da TV", informou.
A Record, por meio do responsável pelo setor jurídico, o advogado Valtencir Marcos Miotto, negou que tenha se recusado a ajudar, uma vez que atendeu de imediato o chamado da equipe que estava na delegacia em Sapiranga, onde ocorreu o fato. "Conforme noticiado pela Coletiva.net, no dia 17 de novembro, o próprio repórter confirmou que a emissora, tão logo tomou conhecimento dos fatos, colocou o seu Departamento Jurídico à disposição da equipe de reportagem", salientou ao portal.
Miotto disse, ainda, que havia marcado para a quarta-feira, 23 de novembro, um horário para acompanhá-lo à delegacia de Sapiranga, entretanto, Barbará recusou o auxílio, alegando que já havia passado uma semana do incidente. "Naturalmente que a presença de quem vivenciou os fatos é indispensável, pois somente a vítima saberá informar à autoridade policial detalhes do delito. Porém, para surpresa da empresa, o repórter Luiz Barbará informou que não iria fazer o registro, pois entendia que a emissora era quem deveria fazê-lo", explicou o advogado.
O caso inicialmente foi parar nas redes sociais por meio do repórter, que expressou seu descontentamento e indignação. Barbará adiantou ao portal que já está em contato com a advogada Liane Pointner para resolver a questão. O nome do jornalista ainda consta na lista de colaboradores da Record, porém ele está afastado do trabalho com atestado médico e alega trauma. A equipe do Coletiva.net não conseguiu contato com Liane até a publicação desta matéria. De acordo com Miotto, o cinegrafista Gilberto Alves está afastado por problemas de saúde.

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