Celito De Grandi vai reavivar o Caso Daudt

Jornalista começa a pesquisar dados e ouvir pessoas para contar o episódio da morte do ex-deputado e jornalista José Antônio Daudt

Depois de registrar em livro a tragédia da família Kliemann, dos anos 1960, o jornalista e escritor Celito De Grandi começa a se debruçar sobre o Caso Daudt, outro episódio, este dos anos 1980, que abalou a sociedade gaúcha. "Desde a publicação do livro 'Caso Kliemann, a história de uma tragédia', há três anos, leitores cobram-me um trabalho semelhante em relação ao chamado 'Caso Daudt, outra  história real com todas as características de novela", registrou hoje o autor. 
O episódio envolve o médico e então deputado estadual Antonio Dexheimer, acusado de ser o autor dos disparos que mataram o jornalista José Antonio Daudt, seu colega de Parlamento e de partido, o PMDB. A motivação seria o envolvimento da ex-mulher de Dexheimer com Daudt, então também um polêmico apresentador de rádio e televisão, que enfatizava suas opiniões com socos na mesa. "É, quem sabe, o mais enigmático drama da moderna história político-policial do Rio Grande do Sul", acredita Celito.
Celito disse que vai adiar alguns outros projetos para mergulhar em documentos e testemunhos e tentar, enfim, responder uma pergunta, até hoje sem resposta, já que o acusado foi absolvido em júri: "Quem matou José Antonio Daudt?".  Fazer este garimpo minucioso de documentos e pessoas não é novidade para Celito, que fez o mesmo no episódio de Kliemann, assassinado por um adversário político, na década de 1960, nas dependências da rádio Santa Cruz do Sul. O tiro foi transmitido ao vivo. Já a autoria da morte de sua esposa, ocorrido um ano antes, até hoje não foi descoberta. Entre outras distinções, o livro conquistou os prêmios de Profissional do Ano, concedido por Coletiva.net, Prêmio ARI de Jornalismo - Troféu Contribuição à Comunicação Social (Prêmio Antônio Gonzalez).
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