Cinco perguntas para Daniel Bacchieri

Diretor de conteúdo da Zeppelin, ele criou o projeto Street MicroDocs, que registra manifestações artísticas nos centros urbanos

1. Quem é você, de onde veio e o que faz?
Meu nome é Daniel Bacchieri, sou natural da cidade de Rio Grande e moro atualmente em São Paulo. Sou formado em Jornalismo pela PUC, de Porto Alegre. Iniciei a carreira como estagiário de rádio-escuta na Rádio Gaúcha, em 1998. Na sequência, entrei para a equipe de reportagem da rádio, como responsável por boletins diários em programas como o Chamada Geral. Em 1999, fiz parte do projeto Caras Novas, da RBS TV. Tive passagens pela reportagem e edição da Tvcom, e pela edição da RBS TV. Em 2003, frequentei o curso de formação de atores do Tepa (Teatro Escola de Porto Alegre) e, nos anos seguintes, integrei o elenco de peças dirigidas por Luciano Alabarse, como ?Medéia?, ?Édipo? e ?Platão Dois em Um?. Entre 2004 e 2010, fui diretor de conteúdo e editor na Estação Elétrica, hoje Estação Filmes. Desde 2010, trabalho com direção e planejamento de conteúdo na Zeppelin Filmes, além de ser responsável pelas relações internacionais dos projetos da produtora.
2. Como surgiu o projeto Street MicroDocs?
O Street MicroDocs surgiu quando observei o elevado número de artistas de rua que se apresentam na Avenida Paulista, em São Paulo. O ponto principal é na saída de uma das estações de metrô, exatamente por onde circulo no retorno do trabalho. E, a partir daí, começaram os registros do projeto. O primeiro vídeo foi postado originalmente na minha conta pessoal do Instagram, seguido do título da série e da hashtag #streetmicrodocs. Foi aí que o Max Laux, finalizador e assistente de direção na Zeppelin, sugeriu: ?Abre uma conta própria para o projeto?. Minutos depois surgia o canal Street MicroDocs, com logomarca criada pelo diretor de arte Teodoro Marques.
3. Como estão as contribuições e a repercussão do projeto?
O Street MicroDocs já inclui colaborações de Kiev (Ucrânia), Paris (França), Barcelona (Espanha), Sydney (Austrália), Caracas (Venezuela), Tarma (Peru), Teerã (Irã), São Paulo e Porto Alegre. Nos próximos dias, serão lançados vídeos com artistas de Nova Iorque, Londres e Rio de Janeiro. A repercussão tem sido excelente. Não imaginávamos ter, em tão pouco tempo, manifestações artísticas de lugares tão distantes, compartilhando a mesma timeline. E digo 'nós', porque o Street MicroDocs é um projeto essencialmente colaborativo. Basta enviar um vídeo para [email protected] com um artista que se apresente nas ruas para participar da série. E o mais importante: identificando o artista, o local da apresentação e o autor do vídeo (principalmente o Instagram dos envolvidos).
4. Como você vê a cena artística da Capital?
A cena artística de Porto Alegre, principalmente a de artistas de rua, é formada por guerreiros. Poderia citar todos os pontos críticos aqui, mas aproveito pra levantar uma bola positiva: o período tão comentado da Copa do Mundo pode servir como alavanca para a cidade valorizar como nunca os seus artistas de rua. Será um intenso caldeirão cultural e o inevitável intercâmbio que vai ocorrer tem tudo pra deixar uma bela herança nas nossas esquinas.
5. Como te imaginas daqui a cinco anos?
Contando histórias. Na plataforma que for.
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