Cinco perguntas para Marcelo Monteiro

Jornalista de Zero Hora relatou sua experiência de enfrentar a depressão na última edição do final de semana


1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Natural de Santa Maria (nasci em 26 de agosto de 1972), sou formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1996, e tenho 23 anos de carreira como jornalista. Comecei em 1993, como editor de Esportes do jornal A Razão. No currículo, incluo passagens e colaborações em veículos como Zero Hora, Gazeta Mercantil, Placar, Diário Catarinense, Fut!, Hoje em Dia, Brasil Sustentável, Diário de S.Paulo e Correio Braziliense. Atualmente, sou repórter no jornal Zero Hora, em Porto Alegre. Também sou autor dos livros "U-507 - O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial" e "U-93 - A entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial".
2 - Como e por que escolheu atuar com Jornalismo?
Desde criança, sempre soube o que faria quando crescesse. Aos seis anos de idade, ao mesmo tempo em que era alfabetizado, comecei a produzir meus primeiros jornais, em papel almaço, a partir das notícias que ouvia no rádio e na TV. Evidentemente, eram jornaizinhos bem rústicos, infantis, mas já demonstravam o caminho que eu pretendia trilhar na vida adulta. Quando terminei o Segundo Grau, em 1989, não tive dúvidas sobre o curso para o qual deveria prestar vestibular: Jornalismo.
3 - Qual é o impacto da depressão na sua carreira?
Esta crise de depressão, que se iniciou em outubro do ano passado, foi a primeira em toda a minha vida. Nunca havia passado por nada igual e espero não ter de viver isto novamente. Creio que minha carreira não tenha sido impactada, pois voltei a trabalhar normalmente depois que o furacão passou. Mas eu, o Marcelo, fui muito impactado, conforme se pode perceber pela matéria publicada em ZH. Além disso, ao relatar a minha experiência, esta crise de depressão me deu a possibilidade de prestar um serviço aos leitores do jornal. No texto, pude dizer aos demais pacientes que eles não estão sozinhos, que há uma saída no fim do túnel, mas que, para se chegar a esta saída, é necessário ter muito força e coragem.
4 - Quais são as expectativas após superar a doença?
Espero poder retomar a minha vida normalmente, em todas as esferas - ainda enfrento alguns efeitos colaterais dos remédios, que me atrapalham um pouco aqui, um pouco acolá. Mas nada que se compare ao que passei no auge da crise, no fim de 2015.
5 - Quais são os seus planos para os próximos cinco anos?
Já tenho dois livros publicados, sobre a presença brasileira nas Grandes Guerras, e, em 2017, pretendo lançar um terceiro livro, também sobre a participação brasileira nos conflitos.

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