Cinco perguntas para Paula Coutinho

Jornalista assumiu como editora de Política do Jornal do Comércio

1. Quem é você, de onde veio e o que faz?
Nasci e sempre vivi em Porto Alegre, cidade que amo. Também tenho um forte vínculo afetivo com a Região Sul do Estado, onde estão minhas raízes familiares. Antes de fazer Jornalismo, cursei um ano da Faculdade de Informática, mas logo percebi que as Ciências Humanas me inspiravam e me completavam mais. Estudei Jornalismo na Fabico (Ufrgs) e, a cada semestre, tinha mais convicção da escolha acertada pelo curso.
Meu primeiro estágio, em 1994, foi na Rádio Band AM, como rádio-escuta, na época em que ainda se utilizavam máquinas de escrever nas redações. Me formei e fui efetivada na equipe de reportagem. Em 1996, fiz a minha primeira grande cobertura de Política, quando fui destacada para acompanhar as eleições municipais em Caxias do Sul, que testaria o inédito sistema de votação através da urna eletrônica, em substituição às antigas cédulas de papel.A cobertura Política era a minha rotina diária. Ia do Palácio Piratini para a Assembleia Legislativa e vice-versa, acompanhando, de um lado da Praça da Matriz, as decisões do governo e, de outro, os acalorados debates no plenário do Parlamento. Também na Band, tive meu primeiro contato com a reportagem para TV.
Em 2000, passei a trabalhar na Fundação Cultural Piratini, na rádio FM Cultura, onde fui repórter, depois apresentadora e também integrei a coordenação de Jornalismo. Passei ainda por um breve, mas rico, período como repórter freelancer para a agência espanhola EFE, época em que também participei da equipe da Pauta Assessoria. Em 2003, ingressei no Jornal do Comércio como repórter da Editoria de Política, a convite do editor Carlos Bastos, referência no Jornalismo político gaúcho, com quem tive a honra de trabalhar e aprender muito. Já são mais de nove anos - com uma rápida interrupção de um ano, quando fiz pós-graduação na Espanha. No JC, cresci profissionalmente, ampliei e aprofundei os meus conhecimentos como setorista de política e amadureci minha trajetória.
2. Qual é a sua expectativa ao assumir como titular da Editoria de Política?
É a melhor possível. Este é um ano de eleições, período extremamente produtivo e importante para a Editoria de Política. Já estamos a pleno vapor, cobrindo as articulações partidárias e as indicações de candidatos para a disputa das prefeituras e também nos legislativos municipais. A intenção é oferecer uma ampla cobertura aos nossos leitores, levando informações qualificadas e contribuindo para o processo de escolha do eleitor. Também mantemos nossa pauta atenta às questões estaduais e nacionais, com a cobertura das ações dos governos, da Assembleia Legislativa, do Congresso Nacional e demais órgãos de Estado.
3. Como foi a opção pela editoria de Política?
Sou de uma geração que acompanhou ainda muito jovem o processo de redemocratização do Brasil. Com 10 anos de idade, não compreendia com toda a clareza o significado das Diretas Já, mas sabia que se tratava de uma grande manifestação popular pela democracia no País. A minha maturidade política coincidiu com o movimento dos caras pintadas e, de novo, me deparava com uma importante mobilização nacional. Isso tudo despertou em mim a percepção de que o cidadão deve fazer parte dos processos de decisão do País e que a política é um espaço de atuação das pessoas.
Minha trajetória profissional, desde o início, esteve muito atrelada à cobertura de Política, mas não houve exatamente uma escolha, foi mais uma contingência ou uma feliz coincidência. Surgiu a primeira oportunidade e, a partir dela, fui me qualificando e aperfeiçoando no setor. Hoje, posso dizer que tenho uma sólida bagagem na área, mas o aprendizado é permanente.
4. O que todo jornalista de Política precisa saber?
O jornalista, de Política ou de qualquer área, não pode ser ingênuo. Ter capacidade de discernimento e crítica é fundamental ao profissional do Jornalismo.
5. Quais são os planos para os próximos cinco anos?
Trabalhar, trabalhar e trabalhar, sempre atenta ao cenário político e suas repercussões.
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