Coletiva.net recorda seu início em Túnel do Tempo especial

Última matéria do projeto comemorativo aos 20 anos traz entrevista exclusiva com o fundador, Vieira da Cunha

Túnel do Tempo se encerra com história de Coletiva.net - Divulgação

Há 20 anos, nascia o portal Coletiva.net. Sob direção de José Antonio Vieira da Cunha, José Luiz Fuscaldo e Luiz Fernando Moraes, o veículo ficou conhecido por realizar cobertura do mercado da comunicação, da propaganda, do marketing e, nos últimos anos, das transformações comunicacionais e digitais da sociedade, especialmente a gaúcha. Este é o fato lembrado na matéria especial de hoje, quando se completam as duas décadas do surgimento da empresa. "O Túnel do Tempo foi um projeto que durou 20 meses e marcou exatamente o aniversário do portal. Nada mais justo do que encerrarmos as publicações deste conteúdo especial lembrando a nossa própria história", comemora a publisher Márcia Christofoli.

Em entrevista exclusiva ao Coletiva.net, Vieira da Cunha lembrou alguns fatos marcantes da história do portal, como o seu surgimento: o Guia da Imprensa e da Propaganda. "Tratava-se de um informativo mensal, enviado via fax, que a empresa resolveu criar e editar para se relacionar com o mercado. Afinal, esse era o meio mais moderno e eficaz para se transmitir mensagem desse gênero, lá em 1999", recordou ele. Entretanto, o formato pouco durou, pois, por vezes, acontecia de o receptor não receber a mensagem ou congestionar a linha destinatária. Com isso, o trio foi obrigado a inovar e partiu, então, para a web. "Quando se foi para o online, as dificuldades foram outras. Nesse período, a comercialização foi muito difícil", disse Vieira, que explicou ainda que esta escolha se deu por outras razões também, como o aumento do número de assinantes e a velocidade e praticidade do meio.

Sobre a receptividade do público, o fundador relatou que, desde o início, ela foi excelente. "Acertamos em enviar ao público-alvo as informações que eles queriam e não tinham como recebê-las", destacou. O leitor do Coletiva.net foi tema de outro apontamento do ex-sócio: "Eram jornalistas, publicitários, profissionais de Marketing, RP's e profissionais das próprias empresas de comunicação", lembrou ele. Contudo, na medida em que se iniciou a veiculação de fatos e acontecimentos do mercado, outros públicos também passaram a se interessar pelo conteúdo do portal.

Vendido em 2016 para a jornalista Marcia Christofoli, o veículo seguiu com a mesma credibilidade e respeito alcançado, na visão de Vieira. Sobre a negociação, ele admitiu que a decisão foi muito dolorida, mas que precisava ser tomada por diversos fatores, entre eles, uma incompatibilidade dos sócios com a outra atividade que os dois exerciam à frente da agência de publicidade Moove. "A opção pelo Coletiva.net foi porque nós conversamos bastante e eu já estava iniciando um processo de desativação profissional. E Fuscaldo, por sua vez, sempre enfatizou que a atenção dele estava voltada à Moove", ressaltou.

Vieira frisou ainda que, quando se olha para trás, existe um sentimento bonito de ver que o dever foi muito bem cumprido. "Essas repercussões e credibilidade que o portal atingiu mexem com a gente até hoje. Surgiram vários outros na área e nenhum conseguiu atingir esse ponto. Aliás, hoje em dia, vários deixaram de circular, independentemente da forma gráfica ou digital", apontou o ex-sócio. Questionado sobre o sentimento atual pela empresa, respondeu que está muito alegre e satisfeito com o resultado, pois tem certeza que acertou na escolha de quem poderia dar seguimento ao Coletiva.net.

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