O 5º Congresso Brasileiro de Jornais discutiu diversas questões relacionadas à evolução tecnológica, como as vantagens e desvantagens do fechamento do conteúdo de jornais na internet. Experiências relatadas revelaram que, disponibilizando notícias na web, os jornais viram crescer as vendas em banca e, com o tempo, a venda de assinaturas para o conteúdo on-line também cresceu. Na questão dos classificados online, foi ouvido o vice-presidente de vendas do Classified Ventures Cars.com, dos Estados Unidos, Alex Vetter. Ele mostrou que a união de empresas jornalísticas na criação de classificados desse tipo vem trazendo bons resultados frente a competidores na internet. Pesquisa encomendada pela ANJ à Stratsense para analisar o estágio dos classificados online no Brasil, entretanto, revelou que os sites de diversos jornais nacionais são ainda de nível fraco a médio, inferiores aos da empresas especializadas do tipo web only.
Também foram abordados casos de êxito no uso de database marketing na gestão de jornais, permitindo maior aproximação com assinantes, ex-assinantes e até futuros leitores. As empresas têm, com as novas tecnologias, como traçar o perfil dos públicos, permitindo aperfeiçoar o sistema de vendas. Outra pesquisa promovida pela ANJ mostrou que os programas Jornal na Educação vêm conseguindo incentivar a leitura de jornais e o desenvolvimento da cidadania, que constituem os principais objetivos das empresas ao conduzi-los. Na Distribuição, constatou-se que a redução de custos se torna cada vez mais relevante e que o grande desafio para o setor é o investimento no entregador do produto e a qualificação dos gestores da área. Não seria possível ainda pensar em logística sem uma integração entre as áreas de vendas e callcenters.
A importância da gestão de recursos humanos ao se fixar a estratégia das empresas jornalísticas foi tema de um dos painéis. Observou-se que a gestão cresce de forma exponencial, na medida em que se buscam profissionais extremamente capacitados e criativos, que irão trabalhar numa estrutura muitas vezes arcaica. Os próprios gestores não foram treinados para lidar com um novo perfil de funcionário. É preciso saber gerir competências e talentos.