Conselho Deliberativo da Fundação Piratini condena extinção da entidade

Membros também rejeitam nome indicado pelo governo para gestão do órgão

Os membros do Conselho Deliberativo da Fundação Piratini, que administra a TVE e a FM Cultura, reafirmaram, em nota, seu posicionamento contrário à extinção da entidade, aprovada em dezembro de 2016 na Assembleia Legislativa. O órgão de controle social também destacou que rejeita o nome indicado pelo governo para a gestão da instituição, cargo exercido por Orestes de Andrade Jr. desde janeiro deste ano.

De acordo com o inciso IV do artigo 2º estatuto do Regimento Interno do Conselho Deliberativo, este deve "apreciar as indicações aos cargos de presidente e de diretores da Fundação". Caso seja rejeitado, o governo deve sugerir outra pessoa. Conforme a presidente do conselho, a professora Maíra Baumgarten, explicou ao Coletiva.net, a posse de Orestes não é reconhecida pelo órgão, que não foi consultado sobre a alteração na presidência. Com ele no comando, a diretoria solicitou documentos para apreciação. "Identificamos algumas irregularidades, a começar pelo diploma de jornalista que diz ter em seu currículo, embora não tenha apresentado", exemplificou.   

De acordo com Maíra, os conselheiros votaram em sua maioria pela rejeição de seu nome para o cargo de presidente da Fundação, em um total de 13 votos contrários, uma abstenção e dois votos em branco. Sobre o caso, Orestes diz que encara como uma opinião do Conselho, o qual acredita que não tem a "atribuição legal e estatutária de aprovar o nome do presidente da Fundação Piratini. É apenas a opinião particular de pessoas com interesses políticos, ideológicos e pessoais", escreveu em nota oficial. Ele acrescenta, ainda, que se trata de "uma opinião inócua. Não tem valor prático algum".

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