Crise levanta suspeitas sobre atividades da Aceg

Presidente Haroldo Santos afirma que entidade passou por "problema sério" que será levado à Justiça

Informações sobre dificuldades financeiras da Associação Gaúcha de Cronistas Esportivos (Aceg) circulam no mercado de comunicação, levantando suspeita sobre ações da diretoria da entidade, presidida por Haroldo Santos. Fontes ouvidas por Coletiva.net indicam que a conta bancária mantida desde 1947 estaria bloqueada, sem condições de emissão de cheques , e a entidade acumularia uma dívida de mais de R$ 100 mil. Outro fato questionado por ex-dirigentes e associados está no número de funcionários da Aceg. A entidade conta com três profissionais em seu quadro funcional, quando em gestões anteriores operou com apenas um.
Na semana passada, ex-presidentes se reuniram com o atual dirigente da associação, a fim de alertar para irregularidades. Participaram Emanuel Mattos, Flávio Dutra, João Garcia, Marco Antônio Pereira e Rogério Amaral. O caso agora aguarda avaliação do Conselho Fiscal da Aceg - composto por José Aldo Pinheiro, Márcio Beyer e Geder Fernando -, que deve solicitar a prestação de contas da diretoria, como ocorre a cada três meses. Na possibilidade de os números apresentados não serem aprovados, o estatuto da entidade garante ao Conselho o direito de pedir a destituição do presidente.
Procurado por Coletiva.net, o presidente da Aceg, Haroldo Santos, afirmou que as informações não procedem e que as operações da entidade seguem em sua normalidade. Ele negou o bloqueio da conta bancária da associação assim como as informações relativas ao uso de cheques, e disse desconhecer que tenha havido pedido de renúncia. Ele afirmou que a dívida da entidade está em torno de R$ 30 mil e que a diretoria segue atuante, apesar do afastamento de alguns membros dos assuntos da associação.
Segundo Haroldo, os questionamentos levantados estão relacionados a um episódio ocorrido em outubro, que ele prefere não detalhar, pois será objeto de um processo, elaborado juntamente com o Ministério Público do Estado (MP-RS). "Há seis meses, tivemos um problema sério e procuramos o Ministério Público. Revelamos o que ocorreu dentro da entidade e entreguei provas documentais e gravações. Estamos construindo um processo junto com o Ministério Público, para ser encaminhado à Justiça", relatou.
O processo, sobre o qual Haroldo não revela detalhes, deveria ficar pronto nos próximos dias.

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