Detalhes da denúncia do MPF contra Yeda dão audiência

Blog de Políbio Braga teve demandas recordes após publicação dos documentos

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Dezenas de telefonemas e mais de 300 mensagens por correio eletrônico foram recebidas pelo jornalista Políbio Braga durante esta tarde, após publicar em seu blog a íntegra dos autos do processo do Ministério Público Federal contra a governadora Yeda Crusius e outras oito pessoas. Coletiva.net registrou, logo após as 15h, parte dos comentários de Políbio, para quem "a montanha pariu um rato". Segundo ele, o documento que foi para Santa Maria "é um processo kafkiano e político".
O blog de Políbio teve problemas devido ao grande índice de acessos registrado durante a tarde. Pouco antes das 17h, duas horas após a postagem dos documentos, 728 downloads já haviam sido feitos. O jornalista está ciente de que o material publicado está protegido por segredo de justiça, mas entende que dificilmente terá problemas com isto porque "a mídia, de forma geral, tem agido assim, sem que haja qualquer conseqüência". Fez questão de dizer a Coletiva.net que sempre se opôs à divulgação de material sob sigilo, "mas como recentemente vejo sempre que há revelações no sentido de prejudicar o governo do Estado, decidi publicar também".
"Agir assim é um desserviço à democracia, pois viola uma norma legal", afirmou Políbio, acrescentando que ao mesmo tempo, com a revelação do processo levantado pelo MPF, "presto um serviço, porque agudizo uma questão que está sendo mal tratada pela mídia e, ao revelar o que foi levantado, impeço que as pessoas continuem apostando no pior". Ele acredita que há uma conspiração contra a governadora Yeda Crusius e que "por trás de tudo está o ministro da Justiça Tarso Genro, que é o chefe da Polícia Federal".
O jornalista não revela como obteve os documentos sigilosos e disse que não se surpreenderia se recebesse uma ordem judicial para retirar do ar o material que publicou, sem contar que poderia até responder por um processo criminal. "Mas duvido que aconteça, pois a Zero Hora e a Veja já vazaram várias vezes documentos protegidos sob sigilo, e nada aconteceu".

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