Por Cleidi Pereira, enviada especial de Coletiva.net

A Inteligência Artificial (IA) vai matar ou salvar a criatividade? Para responder a esta pergunta, um brasileiro foi convidado a subir ao palco Lions Inovation, nesta quarta-feira, 20, durante o Festival Internacional de Criatividade de Cannes, na França. Para o diretor criativo e gestor da Accenture Interactive para a América Latina, Eco Moliterno, a indústria criativa vive um novo estágio, marcado pelo 'match' entre máquinas e humanos que vai resultar em supertrabalhadores. "A IA vai empoderar a criatividade", destacou.

Durante o painel, Moliterno e Allan Kelly, diretor-executivo criativo da Rothco, parte da Accenture, questionaram se a IA significaria o fim das funções de diretor de Arte, redator e produtor. A resposta foi sim, mas somente os que não são curiosos, os realmente ruins e os preguiçosos. A mensagem final dos painelistas foi: a criatividade é a única coisa que fará a IA parar de matar a criatividade.

Segundo Moliterno, os criativos precisam focar na sua expertise, no lado humano da história. "Quando entendermos que são novas ferramentas que estão surgindo, vai ser melhor para nós. Hoje em dia, fazemos coisas que os robôs fariam melhor. Por que perder tempo com isso? Vamos focar naquilo que somos melhores, que é em ter ideias, em criar, em errar, em testar novas coisas. Nós somos capazes de errar, os robôs não", afirmou.