Em Brasília, Matheus Schuch deixa RBS para atuar no Valor Econômico

Pelo novo veículo, jornalista passará acompanhar a presidência da República, diretamente de Brasília

Matheus Schuch atua em Brasília há três anos - Reprodução/Arquivo pessoal

Após quase sete anos de Grupo RBS, o jornalista Matheus Schuch não faz mais parte da empresa. O profissional, a partir de agora, passa a integrar o time do jornal Valor Econômico, atuando como repórter da presidência da República, diretamente de Brasília, onde o gaúcho já mora há três anos - ele atuava como correspondente da Rádio Gaúcha, de GaúchaZH e de Zero Hora.

Em conversa com Coletiva.net, Schuch contou que a oportunidade de ir para o Valor Econômico o pegou de surpresa, pois, mesmo que haja uma boa rotatividade nos veículos de comunicação em Brasília, ele achava que sua identificação com o rádio poderia deixar o mercado mais restrito. "Mas é aí que entra a vantagem da transformação que Gaúcha aplicou em suas rotinas nos últimos anos. Desde que ingressei na emissora, há quase sete anos, fui provocado a escrever matérias em texto para o online, algo que é muito raro em emissoras de rádio no Brasil. Depois, na integração com Zero Hora, também passamos a pensar em reportagens para o impresso. Todo este processo gera tensionamentos, dificuldades, mas também garante um salto de desenvolvimento para quem consegue se adaptar", disse o jornalista.

O profissional também garantiu ao portal que foi muito feliz no período em que esteve na RBS: "A não ser pelos plantões, em que todo mundo pegava a Freeway rumo ao litoral e a gente só ia e voltava dezenas de vezes para relatar as condições de trânsito", brincou. O profissional contou que iniciou a trajetória na Gaúcha Serra, quando esta tinha acabado de ser lançada em Caxias do Sul. Depois, foi transferido para Porto Alegre, onde, inicialmente, foi repórter de geral e de trânsito, até chegar na política.

No Grupo RBS, Schuch afirmou que encontrou uma equipe extremamente qualificada: "Colegas que amam o Jornalismo e trabalham com afinco e muita seriedade". Ele ainda relembrou suas primeiras coberturas como setorista do Palácio Piratini e da Assembleia Legislativa, quando também teve ajuda de colegas de outras emissoras, "que estabelecem uma parceria muito legal no dia a dia". "Tudo isso facilitou a rápida adaptação. Foi parecido com o que ocorreu em Brasília."

Na capital federal, o jornalista afirmou que a cobertura é diferente, pois tudo é muito maior: o caminho é mais longo até as fontes, os ministérios são mais fechados, assim como Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. "Faz diferença a parceria entre colegas. E também pesa o fato de a RBS não ser vista apenas como um veículo regional. As entrevistas relevantes, as notícias exclusivas, a cultura do bom jornalismo gaúcho repercutem aqui. E isso sempre abre portas", revelou.

No novo desafio, o jornalista contou que, embora já sinta saudade antecipada da "latinha", aceitou ser repórter do Valor para entrar no circuito dos veículos nacionais. "Creio que a experiência de integrar uma grande redação em Brasília, com profissionais experientes e de excelente bagagem, vai me trazer crescimento e muitos desafios", pontuou. Além disso, Schuch revelou que está começando no veículo em uma posição privilegiada. Será setorista na presidência da República. "É uma grande chance de estar no centro dos acontecimentos, mas, também, uma enorme responsabilidade. Dá um frio na barriga. Mas é como diz a parede da Débora Cruz, minha prima e responsável por ter entrado no jornalismo: mar calmo nunca fez bom marinheiro", concluiu.

Procurado por Coletiva.net, o Grupo RBS, através de sua Comunicação, afirmou que ainda não tem um nome definido para substituir Schuch.

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