Uma enquete realizada pelo serviço 0800 da Câmara (Disque-Câmara) revela que a maioria dos entrevistados defende a manutenção da obrigatoriedade de transmissão da Voz do Brasil pelas emissoras de rádio. A revelação foi feita pelo diretor da Secretaria de Comunicação da Câmara, William França, durante o seminário Voz do Brasil, no painel sobre jornalismo institucional. 

Foram ouvidas 2. 720 pessoas, das quais 1.273 (46,8%) concordam com o obrigatoriedade, 811 (29,8%) não concordam, 129 (4,7%) não sabem e 507 (18,6%) não responderam. A enquete foi realizada entre os dias 17 e 24 de março. Do total de pessoas ouvidas, 1.833 (67,4%) sabiam que a transmissão do programa é obrigatória por lei, 371 (13,6%) não sabiam e 516 (18,9%) não responderam. A maioria dos entrevistados (1.478 pessoas, ou 54,3%) disseram que ouvem a Voz do Brasil, 758 (27,9%) não ouvem, 8 (0,3%) não conhecem e 476 (17,5%) não responderam a essa pergunta. Do total de entrevistados, 1.144 (42%) têm entre 33 e 55 anos; 1.430 (52,5%) moram em cidades do interior; 1.210 (44,4%) em capitais e 80 (2,9%) não disseram onde moram. Das 1.478 pessoas que disseram ouvir o programa, 216 disseram que o ouvem quase todos os dias, 609 disseram que o ouvem às vezes, 572 disseram que o ouvem raramente e 81 não responderam.

A responsável pela elaboração da Voz do Brasil no Poder Executivo, Elise Brant, ressaltou que o programa garante a universalização do direito à informação dos cidadãos. Em 2003 foi realizada uma grande mudança no formato do programa, com o objetivo de proporcionar maior aprofundamento das informações, com uma linguagem mais acessível e atraente, para ajudar as pessoas a entenderem o que está sendo divulgado. "O cidadão não é visto como consumidor de notícias, mas como um agente social com direito à informação", destacou. Segundo Elise Brant, o programa é baseado em quatro critérios: objetividade, precisão, impessoalidade e apartidarismo.