Ao realizar uma reportagem investigativa, uma equipe da TV Record foi ameaçada e ficou detida em um galpão durante, aproximadamente, 45 minutos, na manhã de hoje. O repórter Luiz Antonio Barbará, junto com o cinegrafista Gilberto Alves, estavam gravando em uma empresa do ramo calçadista, em Sapiranga, quando foram surpreendidos pelo empresário.
Barbará contou ao Coletiva.net que a situação que a equipe enfrentou foi muito difícil, mas que resistiu às ameaças. "Nós estávamos gravando quando o dono da empresa nos trancou em um galpão. Pegou nossa câmera e exigiu que deletássemos todas as imagens, mas nós não apagamos nada", explicou. Após 45 minutos, com a chegada de policiais da Brigada Militar - acionada pela equipe -, os profissionais da Record foram liberados.
Por se tratar de uma matéria investigativa exclusiva que ainda não foi ao ar, o repórter preferiu não revelar o nome da empresa. Ele também se limitou a informar que a emissora de TV tomou todas as providências cabíveis para a situação.
Veja o desabafo do jornalista em seu perfil no Facebook:
5 anos como repórter. E hoje foi a segunda vez que fiquei em cárcere privado e fui ameaçado porque estava trabalhando. Nos trancaram e pegaram nossa câmera.
Aí tu pode imaginar: foi em um ponto de tráfico de drogas? Uma área conhecida por criminalidade? Foi em alguma região periférica da cidade?
Não. Nenhuma das vezes.
Nas duas constrangedoras situações os lugares são aqueles por onde a gente passa todos os dias, mas não tem ideia do que acontece de errado lá dentro.
E quem fez isso é dono de empresa e usa caminhonete importada.