Funcionários da TVE divulgam manifesto

Trabalhadores rechaçam conversão da emissora em OS ou OSCIP

A partir do seminário "TVs Públicas: OS, OSCIP ou Fundação Pública? - Experiências e Conseqüências", os trabalhadores da Fundação Cultural Piratini, mantenedora da TVE e da FM Cultura, elaboraram um manifesto, no qual rechaçam qualquer possibilidade de a televisão estatal ser convertida em Organização Social (OS) ou Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). No texto, além da manutenção da Fundação como entidade pública de direito privado, os funcionários pedem o fortalecimento do Conselho Deliberativo e cogitam a "possibilidade de integrar a Rede Pública de Televisão proposta pelo governo federal, caso o governo do Estado não tenha mais interesse na manutenção de uma fundação pública de direito privado".


O presidente da Fundação Piratini, Luiz Fernando Moraes, disse a Coletiva.net que recebeu o manifesto com "estranhamento" e que esse temor sobre a transformação da TVE em OS ou OSCIP é "infundado". Segundo ele, o que existe "é um estudo com o governo federal, diante do novo cenário das TVs, públicas ou privadas, de alternativas para que essas se adeqüem à nova realidade digital, para que ganhem mais qualidade na gestão, equalizem o financiamento e, assim, qualifiquem suas programações". LF diz que a definição do governo do Estado é manter a emissora regional e conta que achou pontos muito pertinentes no manifesto: "Como as questões referentes ao financiamento, no qual estou empenhado em buscar soluções, e jurídicas, o que também está sendo discutido internamente no governo para depois ser debatido com a sociedade".


No manifesto, os funcionários da TVE denunciam episódios de censura na área do Jornalismo e várias precariedades, como falta de pessoal, de fitas, de combustível e de peças de reposição para a manutenção dos equipamentos. Das 40 retransmissoras no interior do Estado, apenas 12 estariam funcionando.

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