Fundação Piratini e sindicatos abrem negociação coletiva

Sindjors entregou pedidos de informações específicas sobre futuro das emissoras TVE e FM Cultura


Representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e do Sindicato dos Radialistas e a diretoria da Fundação Piratini deram início às negociações coletivas dos servidores da instituição pública. Em encontro realizado na tarde desta quinta-feira, 9, no Centro Administrativo Fernando Ferrari, os sindicalizados entregaram um pedido de informações específicas sobre o futuro das emissoras TVE e FM Cultura. Também participaram da negociação o Grupo de Assessoramento Estadual para Política de Pessoal (GAE) e membros da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
No ofício, o Sindjors questiona sobre o cronograma de demissões dos funcionários, o futuro das emissoras e o destino dos equipamentos e da estrutura física, e quais são os profissionais que trabalharão na TV e na rádio após as mudanças. "Cada trabalhador é um caso diferente. Há muitas especificidades e o Estado não pode achar que simplesmente vai mandar todo mundo embora sem levar isso em conta", destacou o presidente do Sindjors, Milton Simas. Além disso, ele questionou sobre o que será feito com o acervo da TVE e da FM Cultura e da antena retransmissora. Simas defendeu que o ideal seria que o governo apresentasse um plano de demissão voluntária (PDV). Em resposta, o presidente da Fundação Piratini, Orestes de Andrade Jr., enfatizou ao Coletiva.net que a proposta do governo é clara: "É extinguir a instituição e exonerar os cerca de 200 servidores".
De acordo com a diretoria da Fundação Piratini, o pedido do sindicato impediu o avanço na primeira negociação coletiva. A entidade pública garantiu as reservas para os contratos de trabalhos com verbas rescisórias para regime de celetistas em acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o realocamento para empregados com estabilidade. O assessor técnico do GAE, Claudio Odair Kuhne, reforçou que a extinção da Fundação está amparada pela decisão legislativa e é irreversível. "Vamos acatar as disposições a serem encaminhadas pelos sindicatos e avaliar os termos. A disposição do Governo é negociar", enfatizou.
Participaram também o diretor-geral da Fundação Piratini, Miguel Oliveira; as procuradoras do Estado Betânia Bersch Osvaldt e Andréia Über Espiñosa Drzewinski; o presidente em exercício do Sindicato dos Radialistas, Antonio Ricardo Malheiros S. de Souza; advogados e delegados sindicais da TVE. Uma próxima reunião será agendada para contraproposta em data e local a serem definidos. "Vamos entregar oficialmente todas as respostas que os sindicatos questionaram hoje", garantiu Orestes.

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