Internet na China é monitorada por 30 mil pessoas

Censores vigiam principais fóruns e debates online e deletam comentários sobre assuntos polêmicos

Na China, estima-se que cerca de 30 mil pessoas estejam atuando como censores em época de Olimpíada. A função é vigiar os principais fóruns e debates online e deletar comentários sobre assuntos polêmicos. Segundo Raul Juste Lores, correspondente da Folha de S.Paulo, em Pequim, o contato entre a rede do governo chinês e a do resto do mundo passa por um pequeno número de cabos de fibra óptica que entram no país em três pontos. Como poucos lugares têm acesso à Internet por satélite - o que é caro - o governo consegue monitorar praticamente todo o tráfego que entra no país. 


O esquema de vigilância e monitoramento, vendido para a China pela empresa americana Cisco, é chamado pelo governo de "Projeto Escudo Dourado", embora os internautas o tenham apelidado de "Great Firewall", um trocadilho entre o nome da Muralha da China. Sites como o da seita Falun Gong, banida no país, e os das ONGs que defendem a independência do Tibete ou que divulgam relatórios sobre direitos humanos são bloqueados. A censura também é válida para o centro de imprensa dos jogos.

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