Os jornalistas aprovaram ontem, em assembléia extraordinária realizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Rio Grande do Sul, a pauta de reivindicações referentes ao dissídio coletivo da categoria. Os profissionais sugeriram algumas alterações nas cláusulas que correspondem à proposta salarial, como a correção do índice de aumento, fixado em 10,14%. No caso de remuneração através do mínimo - que hoje é de R$1.060 para Capital e de R$ 865 para o Interior -, os jornalistas reivindicam piso salarial único de R$1.538,64 (valor estabelecido pelo Dieese). Outra modificação na pauta foi relativa à escala de trabalho: se houver qualquer alteração, o jornalista deve ser notificado com 48 horas de antecedência.
A proposta de Convenção Coletiva de Trabalho, que contém mais de 60 reivindicações referentes à relação trabalhista dos jornalistas durante o período de junho de 2005 a maio de 2006, será encaminhada aos sindicatos patronais nas próximas semanas. Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas, José Carlos Torves, ainda nesta segunda-feira será agendada uma reunião com a direção do Sindicato das Empresas de Rádio e TV (Sindirádio) e do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Rio Grande do Sul para iniciar as tratativas do dissídio.
Para Torves, esta assembléia foi a mais representativa dos últimos anos devido ao quórum presente. "Tivemos a participação de cerca de 100 jornalistas. Geralmente, nestas primeiras assembléias do dissídio, comparece somente 20% desse número", destacou Torves.