Marcas e estratégias

A parte intangível das classes sociais para as marcas

Pela Fundação Getúlio Vargas, classe C é a unidade familiar que ganha entre 3 e 5 salários mínimos, o que daria hoje entre R$ 1.530 a 2.550. Essa faixa de renda tem um conceito quantitativo e é suficiente para órgãos de planejamento do governo e da iniciativa privada. A leitura apenas desse modelo não é suficiente para o planejamento de marca, tanto que para um planner de comunicação e marketing foi criado o Critério Brasil, e dele fazem parte a ABA e a ABEP, que classifica por pontuação as suas classes e divide a classe C em C1 e C2.
Além dessa migração de faixas de poder aquisitivo que assistimos no Brasil, existe uma outra mais complexa e tão importante, que é a de aspirações, necessidades e desejos dos consumidores. Ela que empurra em muito o consumo e é nessa força que as marcas participam incentivando o consumo. Mesmo o uso cruzado ou distinto desses dois critérios não identifica as migrações para se fazer o planejamento.
Um estudante de medicina residente pode ser classe C (pela renda) e da mesma classe dos seus auxiliares, com perfis e maneira de pensar diferentes em aspirações e participantes de imaginários de consumo distintos. Em tempos de vacas magras, sempre se vê as entidades da publicidade e mídia mostrando a sua importância para incentivar o consumo e, talvez, seja a hora de mostrar que, mesmo em tempos de vacas gordas, a comunicação de marcas não perde a sua importância. ( Por Lúcio Pacheco).

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