Morreu o jornalista político João Carlos Terlera
Terlera tinha 73 anos e, desde setembro, estava internado no Hospital Mãe de Deus
O jornalista político João Carlos Terlera morreu na madrugada desta sexta-feira, 23. Ele tinha 73 anos e estava internado no Hospital Mãe de Deus desde setembro do ano passado, devido a complicações pulmonares. O velório acontece na Assembleia Legislativa, onde, desde 2007, empresta o nome a uma
sala de imprensa. O sepultamento será às 18h30 no Cemitério João XXIII.
Terlera ingressou no Parlamento gaúcho em 1962, por meio de concurso para datilógrafo, passando mais tarde para o setor de comunicação. Começou a fazer noticiário político na Folha da Manhã, da Companhia Jornalística Caldas Júnior e coordenou a sucursal da Zero Hora na Assembleia, em 1981, para dar ampla cobertura à Casa ao longo dos anos da abertura. Terlera, que foi o primeiro colunista da Página 10 de ZH, à época chamada Bastidores, era reconhecido pelos textos "venenosos" na política, como ele mesmo chamava. Essa característica foi ressaltada em entrevista de perfil, concedida ao Coletiva.net em 2007, que deu origem à matéria intitulada "
Rei do veneno".
A Sala de Imprensa "J. C. Terlera" é um espaço, no hall de entrada da AL, onde jornalistas dispõem de internet, televisores, telefones e computadores para acompanhar os trabalhos da Casa. Em mais de quarenta anos dedicados à Assembleia, atuou no setor de Comunicação e se tornou uma das figuras mais conhecidas dos deputados e funcionários do Palácio Farroupilha.
Em nota, a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) lamentou a morte de Terlera, que completaria 74 anos em 10 de março próximo. "Consagrado pelo trabalho de cobertura política durante mais de cinquenta anos, JC Terlera conquistou respeito profissional e afeto de todos aqueles que tiveram o privilégio do convívio pessoal. Sua trajetória marcou o trabalho extremamente dedicado ao acompanhamento, informação e análise dos fatos políticos. Deixa, ao lado das saudades, o exemplo de paixão pela profissão que escolheu exercer e o fez com toda a dignidade", registrou a entidade.