Mulher ganha ação por ter número de celular divulgado em novela

Caso é destaque no Tambor da Aldeia desta semana

O Tambor da Aldeia desta semana destaca o ganho de causa de uma mulher que teve seu número de celular exibido durante a novela "Páginas da Vida", por dois dias consecutivos. Segundo a autora, a divulgação de um número de celular idêntico ao seu lhe causou transtornos, pois passou a receber inúmeras ligações de telespectadores e curiosos, inclusive de madrugada, que queriam saber se o telefone era da atriz Ana Paula Arósio ou da personagem da novela. A 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul manteve, por unanimidade, a condenação anterior, embora tenha reduzido o valor da indenização que antes havia sido fixado em R$ 19 mil. Para a relatora do recurso no Tribunal, desembargadora Marilene Bernardi, a autora teve violado seu direito à privacidade.
Outra notícia ressaltada no boletim eletrônico da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) é a posse da jornalista Helena Chagas, que assumiu a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em 2 de janeiro. Em seu discurso, Helena prometeu defender a liberdade de imprensa e manter a política de seu antecessor, Franklin Martins, de adoção de critérios técnicos para a publicidade oficial e valorização da mídia regional.
Em São Paulo, o jornalista José Luiz Datena, da rede Bandeirantes, foi punido por chamar um travesti de "travecão butinudo". Datena recebeu advertência da Secretaria de Justiça de São Paulo no processo aberto contra ele pela Defensoria Pública por 'discriminação homofóbica'. Também na capital paulista, a Folha de S.Paulo reiterou sua posição em favor da livre opinião, afirmando que tem conduta pautada pela liberdade de expressão e que atua nos limites da lei. O jornal foi acusado de censura pela ONG Repórteres sem Fronteiras por mover ação contra os criadores do site Falha de S.Paulo, que o parodiavam. Para a ONG, caso a Folha vença a ação e a liminar que embargou o site seja mantida, "será criado um precedente perigoso em relação ao direito à caricatura, parte integrante da liberdade de expressão e de opinião".
Na Inglaterra, o fundador e editor do site WikiLeaks, Julian Assange, afirmou que espera arrecadar US$ 1,2 milhão ao vender os direitos de sua biografia, que ainda irá escrever e vender para diferentes editoras em todos os continentes. Para comercializar o livro, o australiano confirma que já recebeu propostas de editores ingleses e dos EUA. Assange diz que não desejava e não pretendia escrever uma autobiografia, mas que essa foi a fórmula encontrada para conseguir dinheiro para "salvar o WikiLeaks".
A entidade disponibiliza o email [email protected] aos profissionais e estudantes da Comunicação Social que queiram enviar denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista. O conteúdo tem pesquisa e edição do jornalista Vilson Antonio Romero.

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