Projeto de operação para TVE e FM Cultura é apresentado na ARI

Entrevista com ex-presidente da Fundação Piratini será veiculada neste sábado, na Rádio da Universidade

João Batista, Orestes, Luiz Adolfo e Thamara da Costa Pereira (superintendente da ARI) - Divulgação

A convite do Conselho Deliberativo da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), o ex-presidente da Fundação Piratini Orestes Andrade Jr. apresentou, na entidade, o projeto para a TVE e a FM Cultura, o qual prevê conceder a operação das emissoras para uma empresa privada por meio de licitação pública. Da oportunidade, participaram membros da diretoria da associação, presidida por Luiz Adolfo Lino de Souza, e do conselho, liderado por João Batista Filho. O convidado também aproveitou para dar uma entrevista sobre o assunto para o programa Conversa de Jornalista, que irá ao ar neste sábado, 4, às 12h, na Rádio da Universidade.

De acordo com Orestes, a proposta da iniciativa é que a empresa licitada fique responsável pela contratação de recursos humanos e pelos equipamentos, de forma a operar as emissoras. No entanto, o conteúdo seguirá a cargo do poder público. "O conteúdo programático seguirá sob o controle público-educativo do Estado", alerta, ao mencionar que a programação será definida pelo governo, por intermédio da Secretaria de Comunicação do Rio Grande do Sul, através das regras de outorga e com fiscalização de um conselho consultivo formado por 11 entidades, todas ligadas às áreas da Cultura e da Comunicação.

Na conversa, o jornalista informou que a Fundação Piratini consome R$ 41 milhões por ano. "Nossa proposta é lançar edital com teto máximo com a metade deste valor, ou seja, R$ 20.400, que serão bancados pelo Estado", disse, ao salientar que a empresa licitada deve investir esta quantia na produção audiovisual gaúcha, "garantindo uma produção de maior qualidade para a TVE com uma programação de fato pública e economizando, assim, recursos do Estado".

O próximo passo para execução do projeto, segundo Orestes, é debater detalhes e revisar a necessidade de aprimoramento, em virtude de ser uma ideia nova. "O modelo se baseia nas concessões da TV da Assembleia Legislativa, mas essa parceria com o setor audiovisual é única", destacou. A proposta está sendo analisada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que divulgará o resultado da análise "no momento certo". O ex-presidente garantiu, contudo, que o projeto será lançado somente depois da eleição. "Se o governador Sartori continuar no cargo, ele se comprometeu a dar continuidade à iniciativa. Se ele não se reeleger, o projeto será oferecido ao novo governante", adiantou.

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