Fora da Comissão Nacional da Verdade desde esta terça-feira, 2, o jornalista Luiz Cláudio Cunha diz que seu afastamento ocorreu por um único motivo: ter opinião. A afirmação consta em artigo 'A verdade sobre a Comissão da Verdade', publicado nesta sexta-feira, 5, no jornal O Globo. "De repente, contra o voto divergente de (Rosa) Cardoso, fui punido pela decisão irrecorrível de quatro comissários - Paulo Sérgio Pinheiro, José Carlos Dias, Maria Rita Kehl e José Paulo Cavalcanti - pelo suposto delito de opinião. (?) o quarteto justificou minha saída como uma retaliação contra um artigo meu de larga circulação na internet, a partir de 24 de maio passado", alegou.
No texto 'A comissão de frente da mentira: quem teme a verdade sobre a ditadura?', Luiz Cláudio Cunha relata "falta de empenho" do ministro da Defesa e seus comandantes do Exército, e da Marinha no resgate da verdade. O jornalista afirma ainda haver uma divisão de opiniões na comissão, instaurando uma crise que pode prejudicar o órgão. "Na essência, é um confronto entre visões díspares que podem levar a CNV à implosão: de um lado, Fonteles, sempre aberto e conectado com a rua e, de outro, Pinheiro, sempre desconfiado e fechado ao escrutínio externo", escreveu.
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