Outdoor social inclui comunidades na cadeia da propaganda

Emília Rabello palestrou sobre Empreendedorismo Social

Emília Rabello
Aproximar anunciantes das comunidades é a proposta da Outdoor Social, conduzida por Emília Rabello. O case esteve no centro da palestra Empreendedorismo Social, na tarde desta quarta-feira, durante o ARP Meeting. Inspirada no conceito de negócio de impacto social criado por Muhammad Yunus, surgiu o outdoor social, uma placa colocada na casa de moradores. Ao fazer isso, a empresa estabelece uma cadeia em que todos os agentes, do produtor ao instalador, são pessoas da comunidade. "Ao fazer isso, a gente está transformando a casa do morador em plataforma de veiculação."
Trabalhar com a classe C, conforme Emília, foi uma decisão estratégica. "É um mercado com demanda grande. Na periferia, as pessoas começaram a consumir agora e quando vêm para o centro da cidade não se sente à vontade", afirma. Ela acrescenta que a nova classe média viu sua renda cair 2,2%, o que, ao contrário do constatado nas classes A e B, pode ser interpretado como uma perda pequena para um período de crise.
"Nossa estratégia é envolver o morador no processo da propaganda, evidenciando essa importância do lugar que, às vezes, nem o poder público entra. Isso torna o morador ativo, ampliando as condições de cidadania e elevando a publicidade inteira", afirmou.
Segundo Emília, o outdoor social formou uma cadeia de empreendedores sociais e, a cada campanha, gera complemento  de renda aos seus integrantes. O impacto social é mensurado pelo número de pessoas que a rede emprega e pelos valores investidos. Até o ano passado, 5.712 pessoas trabalhavam com a Outdoor Social e cerca de R$ 2,5 milhões já haviam sido pagos.
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