Pesquisa mapeia a indústria criativa de Novo Hamburgo

Levantamento mostra que Publicidade e Design representam maior parte dos profissionais atuantes nesse mercado na cidade

Publicidade e Design são os segmentos que concentram o maior percentual de profissionais da indústria criativa de Novo Hamburgo. A maioria deles é do sexo masculino e possui entre 21 e 30 anos. Os dados são da pesquisa 'O processo de consolidação da indústria criativa no Rio Grande do Sul', realizada pelo grupo de pesquisa em Indústrias Criativas, do Mestrado Profissional em Indústria Criativa, da Universidade Feevale. Organizado pelo professor Cristiano Max Pereira Pinheiro e pelo mestrando Maurício Barth, o estudo foi desenvolvido entre 15 de maio a 15 de junho deste ano, por meio de um questionário digital, e teve a participação de 339 pessoas.
Os resultados apontam que a maioria dos participantes possui ensino superior incompleto, recebe um salário entre R$ 724,01 e R$ 1.448,00, trabalha entre sete e oito horas por dia e não possui horário fixo de trabalho. Em geral, são profissionais solteiros, que trabalham na sede de uma empresa, acreditam que sua remuneração é insuficiente e valorizam, entre outros itens, o investimento em cursos superiores e livres, como forma de aprimoramento criativo.
Em um primeiro momento, os pesquisadores levantaram informações referentes à quantidade de criativos presentes em cada um dos setores que compõem a indústria criativa no município. Utilizaram dados do Relatório Anual de Informações Sociais do Governo Federal, que aponta a existência dos seguintes setores criativos em Novo Hamburgo: Design; Software, Computação e telecomunicação; Moda; Mercado editorial; Publicidade; Arquitetura e engenharia; Artes; Expressões culturais; Pesquisa e desenvolvimento; Televisão e rádio; Filme e vídeo; Biotecnologia; Música e artes cênicas.
A pesquisa, fomentada pela Universidade Feevale e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), deve ter continuidade. A ideia é investigar a relação dos criativos de Novo Hamburgo, observando aspectos relevantes de ensino, mercado e governo na contribuição para a consolidação dos setores criativos na cidade.
De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o Rio Grande do Sul possui 18 mil empresas que utilizam as ideias como principal insumo de produção. Estima-se que o núcleo criativo gaúcho gere 1,9% de tudo que é produzido no Estado, o que equivale a um PIB anual de R$ 5,2 bilhões, que coloca o Estado como o quinto maior do País na produção de bens e serviços criativos. Com base no crescimento do setor, a Feevale implantou o Mestrado Profissional em Indústria Criativa, pioneiro no Brasil. 

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