Prós e contras são apontados em assembleia geral de estudantes na PUC

Universitários de diferentes cursos e instituições de ensino marcaram presença no encontro que discutiu implicações da PEC 241/55

Assembleia geral no saguão da Famecos | João Alberto
Com o saguão lotado, a assembleia geral, promovida por universitários da PUC, foi realizada na noite desta quinta-feira, 10, no andar térreo do Prédio 7, da Famecos. Foram oportunizados espaços de fala de até dois minutos para, aproximadamente, 20 estudantes de diferentes universidades, que expuseram argumentos favoráveis ou contrários em relação à PEC 241/55. A maioria se posicionou a favor das ocupações nas instituições de ensino, que somam mais de mil em todo o Brasil. Com duração de três horas, a discussão de propostas reuniu mais de 200 pessoas.
A advogada que representa os ocupantes dos cursos de Comunicação Social e da Letras da PUC, Ana Luiza Nazari, contou ao Coletiva.net que, devido ao número reduzido de alunos, não foi realizada votação quanto à adesão de outros cursos à ocupação. "Como a assembleia se estendeu e muitos dos presentes não puderam permanecer em função do horário, os estudantes optaram por organizar outra reunião geral", explicou, e informou que um segundo encontro está marcado para a próxima quarta-feira, 16. A nova reunião não possui horário nem local definidos. Na ocasião, será discutida a unificação das ocupações de todas as graduações da PUC. Ela reforçou, ainda, que a mobilização na Famecos seguirá, independentemente do que foi definido no encontro de ontem à noite.
Ao se posicionarem de forma contrária aos congelamentos de gastos públicos em Educação, previsto na PEC que tramita no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, alunos a caracterizaram como "uma medida inadmissível" que prejudicará usuários de programas estudantis como Prouni - bolsas de estudo em escolas de nível superior - e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Alguns estudantes também aproveitaram o espaço para expor insatisfação com os preços das mensalidades. "Que seja uma ação conjunta contra o aumento do valor mensal", defendeu, sob aplausos do quórum, uma universitária no microfone. Além disso, abordaram as condições ofertadas no começo da ocupação. Conforme o relato de uma ocupante, os manifestantes foram impedidos de receber alimentação, colchões e almofadas, bem como privados de usar os banheiros, na noite da última quarta-feira, 9.
Ainda que os sindicatos de diversas categorias tenham convocado suas comunidades a aderirem à greve geral nesta sexta-feira, 11, a PUC oficializou, em sua página no Facebook, que o calendário será mantido. Em contrapartida, estudantes do Prédio 5 afirmaram, durante a assembleia, que não haverá aula, pois promoverão atividades culturais e palestras na rua a fim de discutir o cenário atual do País.
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