A Demanda, empresa brasileira de pesquisas de mercado, divulgou os resultados de seu 'Global Media', estudo realizado em 15 países, incluindo o Brasil, que monitorou a posse, frequência e utilidade de aparelhos eletrônicos, serviços de streaming e cabo. Os resultados confirmam a tendência mundial da presença massiva da mobilidade, apontando o smartphone no primeiro lugar do ranking de posse e também de frequência de uso.

De acordo com o levantamento, o conteúdo mais consumido por meios eletrônicos pelos brasileiros são notícias, citadas por 89% dos entrevistados. Logo após, estão as redes sociais, acessadas por 84% dos usuários de aparelhos eletrônicos. "Números importantes de serem observados em uma época de grande discussão acerca do compartilhamento desenfreado de fake news", destaca Gabriela Prado, diretora-executiva da Demanda e responsável pela pesquisa.

O canal mais citado pelo qual os entrevistados consomem notícias foi o smartphone, com 80%; seguido pelo computador, com 67%. Com queda na intenção de uso, jornais e revistas ainda foram mencionados por 60% dos entrevistados, ficando na terceira colocação.

O estudo da Demanda também verificou as tendências de uso no futuro, daqui a cinco anos. Dentre aqueles que utilizam o smartphone, 55% acreditam que estarão usando ainda mais o aparelho. Em contrapartida, 30% dos leitores de jornais e revistas afirmam que não estarão mais utilizando estes canais, nesse período.

O 'Global Media' também investigou o comportamento dos usuários nas redes sociais e detectou que o Whatsapp é o mais utilizado, ficando em primeiro lugar no ranking, sendo citado por 99% dos entrevistados. "É importante destacar que esta é uma realidade muito específica dos brasileiros, já que na média mundial o aplicativo de troca de mensagens fica apenas em quinto lugar, lembrado por 37% dos entrevistados. Na média global o campeão é o Facebook, com 67% de penetração", afirma a responsável pela pesquisa. No Brasil, o Facebook fica em segundo lugar, com 70%, seguido pelo Instagram, na terceira posição, com 63%.

Além disso, os dados verificam o crescimento do consumo de TV via streaming no Brasil, onde 37% do tempo de utilização de TV dos entrevistados é nesse formato, ficando acima da média mundial, que é de 29%. O estudo mostra que, na posse de aparelhos no Brasil, as smart TVs ficam em 5º lugar, com 74%, assumindo o espaço dos televisores tradicionais, que estão na 13ª colocação, em 28% dos lares. "Observando o ranking fica claro que aparelhos com conexão à internet vão ocupando o topo da lista e, consequentemente, impulsionando o consumo de serviços de streaming, que no Brasil já tem um percentual de uso maior que a média mundial", explica Gabriela.