O comentarista Jonas Greb, da Rádio Trianon, de São Paulo, fez ontem um comentário ofensivo em seu espaço, com afirmações levianas, que incitam à violência e extrapolam os limites da civilidade. Chama os gaúchos de bandidos, acusa-os de homossexuais e manda-os embora do Brasil: "Não precisamos do Rio Grande do Sul na bandeira do Brasil", bradou ele. E mentiu e exagerou o quanto pôde, a ponto de afirmar que os gaúchos erigiram uma estátua em homenagem a Maradona e nela escreveram que o argentino é melhor que Pelé.

"Santos sempre Santos" é o nome do programa, e nele o comunicador incitou os torcedores santistas a receber os gremistas "em clima de Libertadores, sem fazer com os gremistas tudo aquilo que eles fizeram com os santistas em Porto Alegre. Lá eles agridem, eles batem, eles quebram os vidros dos ônibus". Jonas Greb afirma ter ouvido muitos relatos de pessoas que estiveram em Porto Alegre na semana passada para acompanhar o jogo entre Grêmio e Santos. E contou: "Pasmem, um casal de jovens estava em um táxi que na saída do aeroporto enfrentou uma blitz formada por torcedores do Grêmio. Lá eles agrediam quem estava com a camisa do Santos, tiravam do táxi e batiam nas pessoas. Esta é a maneira gaúcha de receber visitantes".

O clima de guerra armado pelo comunicador, que dispõe de um espaço de uma hora na rádio paulista, é tão irresponsável que assegura que em Porto Alegre a polícia militar dá apoio aos torcedores que quebram ônibus da torcida visitante. "Estes caras são loucos, devem ter algum problema psicológico. Eles dizem que querem se separar do Brasil. Separem, vai virar Argentina, vai virar o que quiser. Não precisamos do Rio Grande do Sul na bandeira do Brasil. Vai embora, some do país, vão fazer o país das bichonas", disse o radialista. Afirmou que os dirigentes santistas também foram maltratados pela diretoria do Grêmio, e muitas vezes bradou que "os gaúchos são bandidos". Muitos momentos desta violência verbal eram seguidos de aplausos operados pela sonoplastia.

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