Rede 21 ganha direito de resposta na revista Veja

Emissora alega que a publicação vem tentando ‘denegrir a imagem do grupo’

A revista Veja foi condenada a publicar direito de resposta da Rede 21 na página ao lado da coluna de Diogo Mainardi, na edição que vai às bancas no próximo domingo. A decisão é do juiz Régis Rodrigues Bonvicino, da 1ª Vara Cível do Foro de Pinheiros, na capital paulista, e ainda cabe recurso. Na ação, a emissora alegou que vem sofrendo campanha difamatória e caluniadora comandada por Mainardi, a mando da Editora Abril. O Grupo Band, que comanda a Rede 21, acusa Veja de denegrir a imagem do grupo e atingir a honra pessoal dos diretores.


A Band afirma que desde que inaugurou a PlayTV - concorrente da MTV, pertencente ao Grupo Abril - a revista iniciou uma "série orquestrada de ataques mentirosos, deturpação de fatos, acusações levianas e desabonadoras" contra o grupo. A mira de Mainardi focou a Rede 21 em razão do contrato com a Gamecorp - empresa da qual Fábio Luiz Lula da Silva, filho do presidente Lula, é acionista. O conteúdo da Gamecorp foi adquirido pela Rede 21, que mudou o nome fantasia para PlayTV . Em uma recente coluna, Mainardi afirmou que depois do contrato da empresa de ?Lulinha? com a Rede 21, o Grupo Band passou a receber mais publicidade de estatais. De acordo com o colunista, Lula dá dinheiro à Bandeirantes, "que deu um canal ao filho de Lula".


Ao conceder direito de resposta, o juiz destacou verbete do Manual de Redação e Estilo do jornal O Estado de S.Paulo: "Nunca atribua um crime a alguém, a menos que a pessoa tenha sido presa em flagrante (e não haja dúvidas a respeito da sua culpa ou confessado ato). Mesmo que seja a polícia quem faça a acusação, recomenda-se cautela para que o jornal, involuntariamente, não difunda uma versão que se possa demonstrar equivocada ou inverídica". O juiz determinou ainda multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento da decisão e ressaltou que a resposta da Rede 21 não pode conter quaisquer acusações contra o Grupo Abril. O advogado Alexandre Fidalgo, que representa Veja , afirmou que a revista ainda não foi notificada da decisão.

Comentários