Repórter sem Fronteiras prepara documento para o Dia da Liberdade de Imprensa

Relatório revela que 19 profissionais de imprensa foram assassinados em 2006

Um relatório apresentado pela organização Repórter sem Fronteiras (RSF) revela que, desde o início de 2006, 19 profissionais de imprensa foram assassinados. O continente americano continua sendo um dos mais perigosos para os jornalistas, registrando o assassinato de cinco repórteres na região. Como no ano passado, o México lidera a lista, com a morte de Ramiro Téllez Contreras da Rádio Exxa 95.7 FM, em Nuevo Laredo, e do fotógrafo independente Jaime Arturo Olvera.


No documento preparado para o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, dia 3 de maio, a RSF informa que os assassinatos dos jornalistas no México continuam impunes, apesar de ter sido criada uma promotoria especial para os ataques contra a imprensa. Por outro lado, a entidade afirma que a polícia prendeu rapidamente na Colômbia três supostos assassinos de um radialista. Segundo a RSF, houve mortes no Equador e na Venezuela. A organização diz que o ambiente entre o poder e os jornalistas continua tenso na Venezuela e que o país está começando a adotar leis pouco favoráveis à liberdade de imprensa. Em Cuba, a situação é mais complicada. O país é considerado a "segunda maior prisão de jornalistas do mundo", com 23 profissionais de comunicação detidos.


Segundo o mesmo documento, 87 jornalistas foram assassinados desde o início da guerra do Iraque há três anos, transformando o conflito no mais mortal desde a Segunda Guerra Mundial. Um dos pontos destacados pelo relatório foi a crise das charges de Maomé. Segundo a entidade, vários jornalistas de países muçulmanos foram presos e até agora não foram soltos.

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