O jornalista Roberto Brenol completou na última semana 45 anos de Jornal do Comércio. Ao longo dos seus 73 anos de idade, entrou na publicação quando vivia um processo de expansão, em 1969, e, desde então, construiu uma relação com o JC que vai além de jornalista e empresa. Ao Coletiva.net, admitiu que não viveria sem o barulho da redação e que não pretende se aposentar da profissão.
Entre seus tantos compromissos, Brenol assume que a data lhe havia passado em branco. "Foi uma surpresa. O setor de Recursos Humanos avisou a redação, que registrou na edição de sexta-feira, além de me homenagearem na redação, nesta segunda-feira", disse. Brenol afirmou que completar 45 anos em um veículo como o JC lhe provoca "uma sensação agradável" e, ao mesmo tempo, de medo. "Mas não senti o tempo passar. Quando se faz o que se gosta, não se vê o tempo passar."
A relação com o Jornal do Comércio se deu ao longo dos anos porque Brenol afirma que sempre se identificou com o veículo, que leva aos gaúchos informações relevantes da economia do Estado. "Desde que entrei me identifico com o JC. Fico muito feliz", disse. Sobre o futuro, não pretende parar de trabalhar tão cedo. "Já sou aposentado e, mesmo assim, não quero parar. Enquanto me aguentarem, vou ficando", brinca.
Ao longo dos anos acompanhou a evolução tecnológica do jornal, e diz que não teve problemas para se adaptar aos novos tempos. "Me adaptei bem. Hoje, posso iniciar o trabalho ainda em casa, e apenas finalizo na redação", conta. Responsável pela editoria de Opinião há 23 anos, Brenol já foi repórter, setorista na área de indústrias, chefe de reportagem, secretário de redação e, há 10 anos, é responsável pelas páginas dois e quatro do jornal. Quando pensa o que o JC representa em sua vida, Brenol afirma, sem dúvidas: "O JC é um marco na minha carreira!".