Rodrigo Lopes na cidade de Ramadi, no Iraque | Divulgação
Na próxima edição do caderno DOC, da superedição de Zero Hora que circulará neste sábado, 4, o jornalista Rodrigo Lopes contará sobre sua viagem ao Iraque. O repórter e coordenador de Produção de ZH disse ao Coletiva.net que foi o primeiro jornalista brasileiro a visitar a cidade de Ramadi, que está sob controle do Estado Islâmico, grupo extremista que, entre outras ações, é responsável pela morte e sequestro de profissionais de mídia.
"Embora eu já tenha participado de outras coberturas, essa foi uma das mais tensas, pois foi preciso tomar decisões a todo momento, como sair ou não sair na rua, por exemplo", contou, e acrescentou que é difícil estar no mesmo local em que vários outros jornalistas já foram assassinados e sequestrados. "Quando estou sozinho, sou um profissional de mídia que corre risco de ser pego pelo Estado Islâmico, e quando estou acompanhado pelo exército do Iraque, viro alvo tanto quanto eles", pontuou.
Em uma reportagem de 18 páginas, Rodrigo irá relatar, em testemunho pessoal e de personagens locais, como foi chegar à cidade que sofre atentados diariamente, além do dia a dia na capital Bagdá, que também sofre com a guerra. O jornalista passou sete dias no país e, conforme falou, nos dias em que esteve em Ramadi, precisou vestir colete à prova de balas. "Durante essa semana que fiquei lá, morreram 172 pessoas. Todos os dias teve atentado", lembrou.
Além do caderno DOC, o material será distribuído em diferentes plataformas. No especial digital serão publicados quatro vídeos, de quatro minutos cada, produzidos pelo jornalista no Iraque. "Quero mostrar um ponto de vista diferente da situação que o país enfrenta", afirmou o profissional.