Com a mediação da doutora em comunicação Pala Puhl, da Feevale, durou mais de três horas a rodada de palestras apresentadas na manhã de sábado dentro do Seminário "A Imprensa Gaúcha", promovido pela ARI (Associação Riograndense de Imprensa) no plenarinho da Assembléia Legislativa. O ciclo foi aberto pelo jornalista José Vieira da Cunha, que apresentou o case Coletiva.Net, ressaltando as características deste veículo eletrônico dedicado à comunicação no Rio Grande do Sul. Depois, Leonardo Meneghetti, diretor de jornalismo da Rádio e TV Bandeirantes, apresentou aspectos destes dois veículos, destacando o cuidado adotado sempre em seus programas de jornalismo: em casos de alguma denúncia, a Band só a veicula após registrada junto ao Ministério Público.
Paulo Sérgio Pinto, vice-presidente da Rede Pampa, fez uma análise da importância do jornalista e radialista (devem pesquisar e aprofundar os assuntos como se fossem cientistas, defendeu ele) e disse que o veículo rádio precisa ser antes de tudo criativo, e apresentou vários jingles como exemplos de criatividade neste veículo. Paulo Sérgio sugeriu ainda que o jornalista faça um pós-graduação em marketing, para buscar seu aperfeiçoamento.
O último a falar foi o jornalista Ricardo Stefanelli, editor-chefe do jornal Zero Hora, que se dedicou a mostrar à platéia, formada por cerca de 100 pessoas, quase todas estudantes, a rotina "estressante, porém sempre fascinante", do jornal. Disse que a redação é formada por 196 profissionais, razão pela qual não se admite ali que alguém use a expressão "não tenho gente" como alegação de dificuldade para realizar algum trabalho. "Não existe bom repórter que não seja humilde", ensinou Ricardo, ao falar sobre o processo de criação da edição diária de Zero Hora. E arrematou: "Quando há queda de circulação, o culpado está no coração do jornal: a redação". O seminário da ARI encerra-se no próximo sábado, com a apresentação do trabalho desenvolvido por assessorias de imprensa.