Sindicato dos Jornalistas deve se reunir com direção da Record

Torves está preocupado com empregos da Caldas Júnior e da Rede Pampa

O presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Rio Grande do Sul, José Carlos de Oliveira Torves, disse por telefone a Coletiva.net que pretende se reunir com a direção da Rede Record, em São Paulo , ainda amanhã. Ele está em Brasília e deve seguir de lá para a capital paulista. Torves está preocupado com a situação dos funcionários das rádios e TV Guaíba, que foram vendidas à Igreja Universal, proprietária da Record. "Não apenas com os empregos da Caldas Júnior, mas com os da Rede Pampa também, porque isso terá um desdobramento em cadeia. São cerca de 80 jornalistas nas duas empresas", complementou.


O objetivo do encontro com a Record é saber se houve menção aos funcionários na negociação feita entre a rede paulista e a Caldas Júnior. Outra pauta deverá ser a programação. "A Guaíba AM é muito voltada ao Jornalismo e aos esportes e a TV era a única com programação regional. São emissoras de tradição no Estado", lembrou. "Mas de certa forma, após o susto inicial, começamos a pensar que pode não ser tão ruim, já que a Record é uma rede que tem investido em Jornalismo. Pode ser um novo mercado sendo aberto", ponderou o presidente.


Torves contou ainda que recebeu, de uma fonte interna da Rede Record, a informação de que o contrato com a Pampa terminaria no próximo mês de junho e não em 2008, como afirmou o vice-presidente da empresa gaúcha, Paulo Sérgio Pinto. "Somente na reunião poderemos ter certeza de até quando vai o contrato e se ele será honrado", admitiu. O dirigente também se mostrou preocupado com a venda de concessões como produto, seguindo a argumentação da Fenaj: "Isso é um descalabro nas Comunicações no Brasil. É um descaso do Poder Público deixar que se passem concessões de uma empresa para outra. As concessões são públicas, só a parte privada das empresas de comunicação é que pode ser negociadas", declarou.

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