Superintendência do Trabalho vai analisar denúncia contra assessoria

Órgão ouviu sindicalistas e diretoras de empresa em audiência de mediação

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) fará fiscalização na Enfato Multicomunicação, para esclarecer questões levadas ao órgão após denúncia recebida pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado (SindJors). O assunto foi tratado em audiência de mediação nesta quinta-feira, 14, com a presença das proprietárias da empresa, Raquel Boechat e Mariana Turkenicz, o presidente do sindicato, Milton Simas, e o assessor jurídico da entidade, Antonio Carlos Porto.
O SindJors relatou ter recebido denúncia de funcionários da empresa, indicando que, apesar de exercerem funções condizentes com a formação de jornalistas, não eram contratados como tal. Também reclamaram questões como carga horária superior à prevista na legislação para categoria, remuneração abaixo do piso e desconto salarial por ausências, uniformes, ligações telefônicas, entre outros.
Ao Coletiva.net, a sócia-diretora da Enfato Raquel Boechat afirmou que não há irregularidades trabalhistas na empresa, e sim uma divergência em posicionamento. A empresa apresenta-se como uma consultoria em Comunicação e, segundo a diretora, cumpre o que rege o sindicato da área, como a carga horária de 44 horas semanais pela qual atuam profissionais de Comunicação Corporativa e Marketing. Em comunicado, a empresa acrescentou que sua equipe é formada por analistas e coordenadores de comunicação corporativa, que recebem conforme suas funções e com salário acima do piso de jornalista.
Ainda de acordo com Raquel, outras questões apontadas na denúncia, como descontos salariais por uniformes e ligações telefônicas, nunca foram praticadas na empresa. "Existe um equívoco da parte do sindicato, uma divergência em posicionamento. Também temos trabalhado muito para fortalecer e valorizar o mercado", afirmou a diretora.
Já o assessor jurídico do Sindicato dos Jornalistas argumenta que, indiferente da atribuição com a qual os profissionais são contratados, a denúncia recebida trata de "jornalistas que exercem a função de jornalistas".

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