Valor do conteúdo é defendido por comunicadores do Grupo RBS

Jornalistas abordaram mudanças no Jornalismo com chegada de novas tecnologias

 

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Jornalistas do Grupo RBS | Divulgação/Coletiva.net


Os jornalistas do Grupo RBS Cristina Ranzolin, Duda Garbi, Isabel Ferrari, Paulo Germano e Rodrigo Lopes conduziram as discussões referentes à produção de conteúdo no Jornalismo, que, segundo eles, a informação deve ser valorizada independentemente do formato em que é noticiada. Sob mediação do vice-presidente da Associação Riograndense de Propaganda (ARP), João Neto, o painel "O que importa é o conteúdo" foi a segunda atividade da programação desta quarta-feira, 7, em Porto Alegre.
Em sua fala, a jornalista Cristina Ranzolin explorou as mudanças que vivenciou durante sua carreira, que completou, recentemente, 30 anos de atuação. Na lógica estabelecida por ela, recordou os primeiros canais fechados e, posteriormente, das mídias digitais, que se refletiram no formato e linguagem do telejornal.  "O que fez toda diferença foi buscar satisfazer as demandas das pessoas. Eu caminho no estúdio e me mantenho próxima do telespectador. Fomos nos adaptando e, hoje, temos 2,5 milhões de pessoas diárias nos assistindo."
Apesar de suas passagens em rádio e TV, o jornalista Rodrigo Lopes, há 20 anos no Grupo RBS, deu enfoque às mudanças sofridas pelos jornais, que, conforme apontado por ele, foi o meio que mais se transformou. "Ele não chega somente uma vez para as pessoas, de manhã, mas também pelo digital. Ainda assim, o leitor confia no impresso", afirmou. Também acrescentou que a Zero Hora está acima do Estadão, de São Paulo, em relação ao engajamento nas redes sociais.
O jornalista Paulo Germano falou a respeito do projeto "La Urna", que entrevistou os candidatos à Prefeitura de Porto Alegre, que foi desenvolvido por ele. O profissional contou que o Brasil vive uma tensão política desde julho de 2013, e desde essa eclosão de manifestações, passou por eleições e impeachment. "Os brasileiros estão cada vez mais a fim de debater, mas sinto que não no formato e linguagem clássico", informou, e explicou que este foi o ponto de partida do "La Urna", onde comunicadores falavam do assunto a partir da união de informação e humor. "As pessoas nos questionam se é entretenimento ou Jornalismo, é puro Jornalismo. O humor é uma forma de quebrar o ambiente entre os envolvidos. Trouxemos uma leveza, mas a preparação sempre foi intensa e aprofundada."
A jornalista Isabel Ferrari ressaltou que o papel do jornalista é contar histórias, e é importante que ele goste e tenha capacidade de ouvir e olhar com empatia o outro. Ela afirmou que as técnicas são fundamentais para amparar sua metodologia de narrativa na TV, mas que estas não podem se destacar mais que a informação. "Ela ampara para eu entregar uma leitura do que eu imagino, mas precisa sumir para que eu tenha proximidade com as pessoas. Gente que conversa com gente. Vejo transformações que são de plataformas, além da tecnologia, porque por trás das tecnologias existem pessoas", disse.
Por último, o jornalista e radialista Duda Garbi, que atua na Gaúcha e Atlântida, observou que muitas previsões tentaram matar o rádio. Ele ponderou que as emissoras do Grupo RBS buscaram acompanhar as mudanças, como transmitir ao vivo o programa "Pretinho Básico" nas redes sociais. "Este medo já passou. O rádio nunca vai acabar. Maior prova é que recebemos e-mails do mundo inteiro de pessoas que nos acompanham pela internet", garantiu, e justificou: "A gente segue ouvindo rádio, pois é o meio mais democrático e libertador."
Com apoio do Grupo RBS, Coletiva.net acompanha todas as atividades da Semana ARP - Especial 60 anos.

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