Versão da hora

Revistas de moda começam a explorar o setor de varejo on-line e causam preocupação entre anunciantes

Enfrentando um período de turbulências nos negócios, revistas de moda norte-americanas decidiram ingressar no setor de varejo online. No Park & Bond, por exemplo, novo site de comércio de moda masculina, Jim Moore, diretor de criação da revista QG, descreve um suéter vermelho da Calvin Klein como "algo que pode dar um tom mais ?bon vivant? ao velho terno de flanela cinzenta". O suéter, que custa US$ 225, leva o rótulo de "Seleção QG" e está à venda na QG Store.

Na edição de setembro da revista Esquire, o editor-chefe, David Granger, convida os leitores a visitar o site Cladmen.com, que começará a funcionar em outubro e oferecerá produtos selecionados pela revista, tais como botas Cole Haan de US$ 225 e ternos do estilista Michael Kors por US$ 795. Até mesmo a ainda mais tradicional Vogue aderiu ao movimento: adeptos da moda poderão comprar alguns dos looks criados por estilistas como Diane von Furstenberg, Marc Jacobs e Derek Lam diretamente no site da revista. Um macaquinho da mais recente coleção de Furstenberg sai por US$ 498, e um casaco de couro criado por Jacobs tem preço de US$ 5,9 mil.

O problema é que o ingresso das revistas de moda no setor de varejo causa desconfiança no setor. As publicações, que enfrentam dificuldades diante da concorrência online, passam a ser percebidas também como concorrentes por lojistas que também são anunciantes nas edições impressas. As lojas físicas tradicionais, que no passado recorriam a revistas como forma de divulgar produtos, agora passam a considerar as publicações como ameaça.

Comentários