Versão da hora

Homem de 60 anos alega ser filho de Chatô e entra na Justiça exigindo participação na partilha dos bens

Fundador dos Diários Associados, o empresário e jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, o Chatô, morreu em 1968, mas a disputa pela herança que deixou parece estar muito longe de terminar. O mais recente episódio trouxe um novo personagem à divisão: Nilson Gomes Chateaubriand Bandeira de Mello, 60 anos, ingressou na Justiça do Rio, onde tramita o inventário, pedindo a inclusão entre os herdeiros.

Nilson não está entre os três filhos reconhecidos pelo jornalista. De acordo com os advogados dos demais descendentes, a habilitação de "Chatôzinho", como Nilson alega que seria chamado pelo suposto pai, é impressionantemente fraudulenta. O próprio advogado do mais novo filho de Chatô deixou a causa: "A mãe dele me disse que ele não é filho de Chatô. Se ela diz isso, não sou eu quem vai duvidar", disse ele ao jornal Folha de S.Paulo. Levantamento feito pela defesa dos herdeiros aponta a suspeita de que Nilson teria forjado documentos.

A herança, que inclui 22 empresas - entre elas, o jornal Correio Braziliense e a Rádio Tupi, além de imóveis e obras de arte -, está avaliada em R$ 1 bilhão. Os três filhos reconhecidos tentam anular doação feita por Chatô a 22 empregados dos Diários. A generosidade do empresário, que tinha relação tumultuada com os filhos, teria ido além da conta, excedendo o permitido por lei. De acordo com a legislação brasileira, pode-se doar 50% dos bens. Os beneficiados, no entanto, detêm 71% do capital do grupo.

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