Há um bom tempo, a audiência dos telejornais preocupa a Rede Globo. Estes informativos e o Fantástico têm enfrentando momentos difíceis nos últimos anos. Agora, como mais uma tentativa de evitar perda de telespectadores, a Globo comunicou, na semana passada, que não veiculará comerciais com mais de um minuto nos intervalos de telejornais e do "Globo Esporte", e somente aceitará anúncios maiores para outros programas depois de analisar a peça. Em outra regra, a Globo também exigirá que comerciais que façam chamadas para outro, deixem claro em qual "intervalo comercial" ocorrerá a exibição.

Segundo o colunista Daniel Castro, da Folha de S.Paulo, a medida tem o objetivo de impedir a queda de audiência nos breaks, já que alguns telejornais têm passado por seus piores momentos no Ibope. Willy Hass, diretor-geral de Comercialização, declarou ao jornal que a qualidade do break é importante: "Não exibimos infomerciais [anúncios com mais de dois minutos]. Temos compromisso com o telespectador e com o anunciante de que o break seja informativo".

Willy também disse que a limitação de dois minutos para os intervalos dos telejornais se deve à dinâmica dos programas. "Eles são mais curtos, então temos que valorizar." O valor de um anúncio de 30 segundos no "JN" para todo o país custa R$ 367 mil, enquanto na novela das oito o valor é de R$ 365 mil.