Cerimônia lembra 25 anos da Casa de Cultura Mario Quintana

Solenidade ocorrerá no mesmo dia, hora e local da inauguração, em 1990

Casa de Cultura Mario Quintana | Crédito: Divulgação/Sedac
Os 25 anos da Casa de Cultura Mario Quintana serão lembrados em cerimônia nesta sexta-feira, 25, às 15h - mesmo dia, hora e local da inauguração em 1990. Durante a solenidade promovida pela Secretaria de Estado da Cultura e pela Associação de Amigos da CCMQ, na Travessa dos Cataventos (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico de Porto Alegre), serão homenageados os ex-governadores Pedro Simon e Sinval Guazelli (in memorian); o ex-secretário de Estado da Cultura, Jorge Appel; o ex-diretor da CCMQ, Sergio Napp (in memorian); e o professor Ruy Carlos Ostermann. Em nome de Napp, serão homenageados todos os ex-diretores da Casa.
Ostermann foi deputado estadual e autor do projeto de lei que deu nome à Casa de Cultura, por sugestão de um grupo de estudantes liderados por Nelson Moreira e Carolina Gleich. "O Hotel Majestic foi, por muitos anos, a casa de Mario Quintana. Quando se cogitou a ideia de dar o nome do poeta àquele espaço, ninguém, nem os mais distraídos, disseram ?não sei? ou ?talvez?. Mario Quintana foi unanimidade", recorda o professor. Para o secretário de Estado da Cultura, Victor Hugo, o evento para celebrar os 25 anos da Casa de Cultura Mario Quintana será um momento ímpar. A solenidade ocorrerá no mesmo dia, hora e local de inauguração, com a apresentação das mesmas bandas: a Banda Municipal de Porto Alegre e da Brigada Militar.
O prédio pertencia ao antigo Hotel Majestic, que fechou no começo dos anos 1980. Em julho de 1980, o governador Amaral de Souza, através do Banrisul, comprou o antigo prédio e, nos anos seguintes, lentamente deu início à sua restauração. No governo de Jair Soares (1983/1987), as primeiras salas foram ocupadas pela Discoteca Pública Natho Henn e por um cinema. Em 2 de maio de 1983, o deputado estadual Ruy Carlos Ostermann apresentou o projeto de lei que deu nome à Casa de Cultura.
"Foram mais de 20 anos de governo de exceção. O momento era de crise econômica e recuperação política. Vivíamos a ressaca do Plano Cruzado. Em abril de 1987, o então governador Pedro Simon, com apenas um mês de governo, enfrentou aquela que seria a maior greve do Magistério. Era preciso fazer algo que tivesse começo, meio e fim e que demonstrasse que o Rio Grande ainda era capaz de fazer grandes realizações", observa o secretário estadual da Cultura, Victor Hugo.
O projeto arquitetônico foi assinado pelos arquitetos Flávio Kiefer e Joel Gorski, que planejaram 12 mil metros quadrados de área construída para a área cultural, em 1.540 metros quadrados de terreno. Em 25 de setembro de 1990, o então governador Sinval Guazzelli inaugurou o espaço cultural. Mario Quintana acompanhou e ajudou em todo o processo, pedindo, muitas vezes, apoio para a conclusão do projeto. Sua única preocupação era estar vivo ao fim da obra.

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