Morreu a poetisa Lara de Lemos

Junto com Pereio, era autora do Hino da Legalidade

Morreu nesta terça-feira, 12, no Rio de Janeiro, a poetisa, jornalista, advogada e professora Lara de Lemos. Tinha 87 anos e era natural de Porto Alegre. Órfã de pai e mãe aos cinco anos, Lara Fallabrino Sanz Chibelli de Lemos foi criada pela avó em Caxias do Sul. Formou-se em História, Geografia, Pedagogia, Jornalismo e Direito, com especialização em Literatura Inglesa e Contemporânea pela Southern Methodist University, EUA. Atuou como professora, tradutora, poeta e jornalista, de forma intensa e combativa, sofrendo as conseqüências do regime militar instaurado em 1964, que a obrigou a interromper a carreira jornalística, tendo, inclusive, seu primeiro marido sido preso e, posteriormente, seus dois filhos. Ela residia em Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro.
A estreia de Lara de Lemos como escritora se deu em 1955, na Revista do Globo, para a qual escreveu contos, entre os quais "Homem no bar" e "Mulher só". Em 1958, passou a colaborar para o Correio do Povo e, mais tarde, para muitas outras publicações, como Última Hora, Jornal do Brasil e Tribuna da Imprensa. É autora, junto com Paulo César Pereio, do Hino da Legalidade, em 1961, de defesa à posse de João Goulart na presidência da República.
Há seis anos, em sua coluna em Coletiva.net, Mario de Almeida prestou uma homenagem à Lara de Lemos, em um texto sob o título 'Na rua certa'. Fala do talento da poetisa e lembra que é homenageada com o nome de um edifício em Porto Alegre, na Olavo Bilac, 300.

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