Azul Anil Espaço de Arte renova marca

Trabalho desenvolvido pela designer Rayssa Felipe Neckel ressalta abrangência e multiplicidade

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O logotipo do Azul Anil Espaço de Arte passou por uma renovação. Coube à designer Rayssa Felipe Neckel o desafio de traduzir a proposta do espaço que inaugurou nova sede em Porto Alegre e ampliou a estrutura para atender bebês, crianças, jovens e adultos em 2015, ano em que completa quatro décadas de atividades. Para abranger em seu conceito a multiplicidade de alternativas para distintos públicos, permitindo uma identificação com diferentes perfis e faixas etárias, o logo passou por um processo de adaptações e ensaios de tipografias, até chegar à marca idealizada pelas sócias-diretoras Maria Eduarda Rangel Vieira da Cunha e Fernanda Bertoncello Boff.
Após análises de marcas da área, a designer fez testes com formas que poderiam servir de base para aplicar outros símbolos, objetos, manchas, o que fosse mais apropriado ao contexto. Outras tentativas buscaram incorporar elementos do espaço físico, como a janela da nova casa. Para tornar o logo menos horizontal e mais compacto, a tipografia passou a ser usada com uma quebra em duas linhas, tornando o conjunto mais sólido.
Ainda foram criadas alternativas em que o fato de ambas as palavras terem o mesmo início e terminação foi usado como artifício de união entre elas. O "pingo" da letra "i" foi suprimido, a fim de deixar a tipografia menos infantilizada. A ideia de circundar a tipografia com algum contorno gráfico retoma a ideia de espaço. O teste de algumas das formas presentes no logo original para desempenharem essa função, assim como formas mais fluídas, teve como meta remeter ao movimento leve de certas atividades propostas no Espaço.
O naming da marca no interior de uma forma foi mantido para reforçar a ideia do espaço: um local para praticar atividades físicas, para convívio e socialização. "Exatamente por isso, esse perímetro não se fecha, mas se mantém aberto para receber; recepciona quem vier e, ao mesmo tempo, deixa que o conhecimento, as práticas e os laços realizados ali dentro se expandam para além de seus próprios limites", observa Rayssa.
A tipografia original foi mantida para causar a lembrança da marca e o vínculo com a origem. O descritivo Espaço de Arte teve sua tipografia renovada para criar uma combinação mais harmônica - e legível - com o nome da marca. "Com um símbolo conciso e neutro, é possível abrir um grande leque de variedades de aplicações nos materiais gráficos e de divulgação do Espaço, tal como funcionam as diversas modalidades de atividades que ele se propõe a oferecer", ressalta a designer.

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