Bancos eliminam 2,2 mil vagas em seis meses

Informações são de um estudo realizado pelo Dieese

Os bancos fecharam 2.224 postos de trabalho no primeiro semestre de 2009, além de usar a rotatividade da mão de obra para reduzir a média salarial dos bancários. As informações são de um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado na última terça-feira, 25, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). De janeiro a junho foram demitidos 15.459 bancários e contratados 13.235. Nada menos que 87% do saldo negativo (1.925 postos) está concentrado no estado de São Paulo, sede da maioria dos bancos privados.
Para os sindicalistas, esse é um indício forte de que o fechamento de postos de trabalho se deve principalmente aos processos de fusão do Itaú Unibanco e do Santander Real. De acordo com a Agência Estado, o levantamento sobre a evolução do emprego nos bancos toma por base dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. A categoria está em campanha salarial.
Segundo o estudo, as demissões atingiram principalmente a área administrativa, que concentra os maiores salários. Já as admissões ocorreram nos cargos iniciais da carreira. Os demitidos no primeiro semestre recebiam em média R$ 3.627, enquanto os contratados ganham em média R$1.928, o que representa uma diferença de 46,82%, quase a metade da remuneração dos dispensados.

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