O cadastro positivo passará a ser oferecido por bancos a partir de 1º de agosto. A proposta foi defendida pelo presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro, durante a reunião-almoço Tá na Mesa, da Federasul, nesta quarta-feira, 24. Segundo o executivo, o serviço promete beneficiar pelo menos 50 milhões de consumidores que não utilizam de seu histórico de bom pagador. O sistema já é utilizado há muitos anos em países como Estados Unidos, Argentina, Rússia e Coréia.
Loureiro lembrou que, atualmente, os cadastros apontam apenas se a pessoa, física ou jurídica, está inadimplente. "As informações se limitam aos que tem dívidas em aberto. No caso de quem está em dia, não há registro nenhum", ressalta. Com o cadastro positivo - que precisa ser autorizado individualmente pelo consumidor -, será possível acompanhar o histórico em dia. "É uma forma de ampliar o acesso ao crédito para os consumidores e, no caso de bancos e financeiras, gerenciar melhor os riscos", avalia o executivo.
Loureiro acredita que a iniciativa pode ajudar a reverter a curva de crescimento do crédito e reduzir a inadimplência, que em 2012 resultou em perda no valor de cerca de R$ 100 bilhões aos bancos brasileiros. Para disponibilizar o nome no cadastro positivo, o consumidor deverá autorizar a publicação dos dados pela empresa junto à qual tem algum contrato. "Só assim seu nome estará visível para outras empresas", explicou.
Presente em nove países, a Serasa Experian conta com 3.4 mil funcionários em todo o mundo e 900 mil clientes apenas no Brasil. A empresa recebe seis milhões de consultas diárias e chega a atender cerca de 200 mil consumidores por mês.