Cheques sem fundos recuam 1% em outubro

Crescimento econômico e juros mais baixos são alguns dos motivos para a redução da inadimplência com cheques

O volume de cheques sem fundos recuou em outubro para o menor porcentual desde setembro de 2008, mês em que se intensificou a crise econômica mundial. A inadimplência com cheques no mês passado foi de 1,92%, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos, divulgado nesta quarta-feira, 18. Conforme divulgou a Agência Estado, houve redução de 1% em relação ao resultado de setembro e queda de 4,5% ante outubro do ano passado.

De acordo com a Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito, esta foi a primeira vez em 2009 que houve uma queda na comparação com igual mês de 2008 e o terceiro mês seguido de baixa na inadimplência em relação ao mês imediatamente anterior. No mês passado, foram devolvidos 1.974.345 cheques e compensados 102.694.254.

Segundo os técnicos da empresa, "mesmo com o bom desempenho das vendas, o Dia das Crianças não inverteu a sequência de recuos no porcentual de cheques devolvidos". Entre os motivos para a redução da inadimplência com cheques estão a volta do crescimento econômico, os juros mais baixos, o aumento dos empregos formais e a recuperação da renda. Os técnicos lembram ainda que, em outubro de 2008, com a crise financeira, havia uma situação de redução de liquidez e de queda do consumo, da produção e do emprego, o que levou ao aumento da inadimplência.

No acumulado do ano até outubro, o volume de cheques sem fundos foi de 2,19%, alta de 11,7% ante o mesmo período de 2008. Segundo os técnicos da Serasa, a inadimplência mais elevada no primeiro semestre ainda afeta o resultado do ano. Os analistas esperam uma queda ainda maior do volume de cheques sem fundos nos próximos dois meses, principalmente em razão do 13º salário.

Ainda de acordo com a pesquisa, o Estado com maior porcentual de cheques devolvidos no acumulado do ano é o Amapá, com 9,75%. Na sequência aparecem Maranhão (9,43%) e Acre (8,80%). Em São Paulo, foi verificada a menor inadimplência, de 1,69%. Rio de Janeiro registrou 1,76% e Santa Catarina atingiu 1,90%.

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