Confiança do consumidor cai 2,2% em fevereiro

Segundo a FGV, houve piora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas para os próximos meses

O consumidor voltou a mostrar humor negativo em fevereiro. É o que revelou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desse mês, que apresentou taxa negativa de 2,2% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. Essa taxa ficou abaixo da apurada no mês passado, quando o índice subiu 0,6% em janeiro na comparação com mês anterior. Conforme divulgado pela Agência Estado, com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos (sendo que, quando mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), foi de 113,0 pontos para 110,2 pontos, de janeiro para fevereiro.
Em seu informe, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que, em fevereiro, houve piora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. O ICC é dividido em dois sub-indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que caiu 0,8% este mês após avançar 3,1% em janeiro; e o Índice de Expectativas (IE), que mostrou queda de 3,0% em fevereiro após apresentar taxa negativa de 1,1% em janeiro.
De acordo com a Fundação, de janeiro para fevereiro, o porcentual de pesquisados que avaliam a situação atual da economia local como boa caiu de 19,8% para 16,9%. Já a fatia dos entrevistados que a julgam ruim aumentou de 26,9% para 27,1%, no mesmo período.
Ainda segundo a FGV, a avaliação do consumidor sobre a situação financeira familiar no momento presente é positiva - mas o mesmo não pode ser dito quando são analisadas as perspectivas para as finanças futuras do consumidor. No ICC, o porcentual de consumidores pesquisados que apostam em melhora na situação financeira familiar nos próximos seis meses caiu de 29,6% para 28,4%, de janeiro para fevereiro. Já a parcela dos entrevistados que projetam piora aumentou de 3,1% para 3,7%, no mesmo período.
O ICC subiu 15,3% em fevereiro, na comparação com igual mês do ano passado. No resultado anterior, em janeiro deste ano, este indicador, nesta comparação, avançou de forma mais intensa, com alta de 16,1% ante janeiro de 2009. O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1 e 19 de fevereiro deste ano. 

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