Emprego formal cresceu em todas as regiões brasileiras

Brasil criou 2,4 milhões de empregos formais no ano

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou nesta sexta-feira, 19, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado apresentado é de que todas as regiões do País registraram elevação no número de empregos formais em outubro. O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no País em outubro foi de 204.804.
Conforme divulgado pela Agência Estado, a região Sudeste obteve o melhor saldo no mês, com a criação de 92.594 postos de trabalho, seguida do Nordeste, com 53.291 novas vagas formais, melhor resultado para a região desde o início da série histórica, em 1992. Já a região Sul registrou a criação líquida de 48,891 empregos em outubro, enquanto a região Norte apresentou elevação de 7,018 postos de trabalho. Na região Centro-Oeste, o crescimento foi de 3.010 empregos, embora o Estado de Goiás tenha recuado em 2.151 postos no período.
O setor de serviços foi o que registrou o maior saldo de criação de empregos formais em outubro, com 86,207 novas vagas, recorde para mês. Nos comércios varejista e atacadista, o saldo de novas vagas foi de 81,347 postos, atingindo também um patamar inédito para outubro.
No período, o saldo de contratações da indústria de transformação, que paga os melhores salários, foi de 46.932 vagas. Porém, segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o ritmo de crescimento da criação de vagas no setor diminuiu, movimento usual para os últimos meses do ano.
Segundo Lupi, as 11.412 vagas criadas em outubro na construção civil, desempenho mais modesto do que nos meses anteriores, também estão relacionadas com o período do ano. "Proibição legal de contratações por causa do período eleitoral já ocasiona uma queda. Além disso, quem vai investir prefere esperar o próximo ano do que iniciar uma obra no fim do ano", afirmou.
O ministro prevê que o desempenho do mês de novembro deve ser bastante positivo, fazendo com que o resultado do ano ultrapasse a meta de criação de 2,5 milhões de novos empregos formais, ainda que em dezembro haja um resultado negativo. "As demissões em dezembro devem ser menores do que as que aconteceram no fim de 2009", afirmou.
Lupi ainda reforçou a declaração, dada ontem, de que o resultado de 2010 deve inclusive superar os 3 milhões, quando computados os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que também consideram a evolução do emprego no setor público.

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