Especialistas apontam que País tem elementos para crescimento sólido

Felipe Miranda, da Empiricus, e Marcos Troyjo, da Universidade de Columbia, participaram do Fórum Brasil de Ideias

Felipe Miranda e Marcos Troyjo - Jefferson Bernardes/Agência Preview

Os palestrantes do Fórum Brasil de Ideias, realizado nesta terça-feira, 22, falaram sobre as reformas já feitas no País, a inflação estabilizada e a Selic no menor nível da história, fatos que, para eles, são indicativos de que o Brasil que vem por aí será melhor do que o atual. As conclusões foram tomadas por Felipe Miranda, sócio-fundador da Empiricus, e Marcos Troyjo, diretor do BricLab da Universidade de Columbia, na palestra 'Como ganhar dinheiro em 2018'.

A diretora-executiva da Revista Voto, Karim Miskulin, que promove o evento, explicou que escolheu este tema porque "perdemos muito tempo em 2017 e precisamos saber onde investir e o que fazer neste ano de eleições". Miranda salientou que a imagem do Brasil atual é muito positiva e que, embora a eleição tenda a criar oscilações no mercado, ele não vê outro caminho a não ser uma opção liberal para governar o País e dar conta de reformas e um plano para estancar a dívida explosiva. "É inexorável fazer a reforma da Previdência porque não há outra saída", acrescentou.

Troyjo, por seu turno, destacou que o Brasil é considerado como um urso por parte dos investidores estrangeiros. No jargão do mercado de capitais, urso é um símbolo de queda, pois o animal ataca para baixo. É o contrário do touro, que representa otimismo, porque agride de baixo para cima. O diretor do BricLab elencou 10 razões pelas quais o País tem essa imagem: corrupção sistêmica, baixo investimento em pesquisa e fuga de cérebros para o exterior. "O Brasil é visto como um serial killer de oportunidades", afirmou. Contudo, acrescentou que esse cenário não deve se concretizar porque a União tem muitos atributos para ser uma economia de destaque.

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